Francine Mendes, economista e mestre em psicanálise, falou no FBFE Mulher 2021. Para ela, muitas mulheres acham que independência financeira é poder comprar ações ou investir em fundos de investimentos no mercado financeiro. Mas, ao contrário, ela compartilha uma regra simples: para começar basta ter disciplina, consciência e paciência.
Francine Mendes diz acreditar que “o primeiro passo é calcular o seu custo mensal de vida e quanto você almeja ganhar. Essa informação é primordial para a definição de objetivos, metas e prazos bem estabelecidos para se chegar à independência financeira”. O segundo passo é ter uma reserva de emergência, que deve ser equivalente a seis meses do seu custo de vida.
“Vamos imaginar um valor hipotético: se você planeja ganhar R$10 mil reais, a reserva de emergência deve ser de no mínimo, R$ 60 mil. Não é aconselhável aplicar esse valor na poupança, em título de capitalização, ou consórcio (que só existe no Brasil). Esses são os piores investimentos”, alerta Francine Mendes.
Acostumados às transformações cada vez mais rápidas e com graus de disrupção cada vez maiores, fomos todos surpreendidos por algo inimaginável: a Covid-19. Uma pandemia, que alterou a ordem de praticamente tudo em nossas vidas e nos negócios. Decisões que em épocas normais levariam muito tempo, passaram a ter de ser tomadas em poucas horas. Planos ainda não muito maduros foram colocados em prática, porque o risco de ficar inerte passou a ser maior do que possíveis resultados não previstos.
Experimentamos uma migração sem precedentes para o trabalho remoto que, certamente, terá impacto permanente na forma como trabalhamos, como constata uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral entre o fim de março e o começo de abril. A digitalização é um caminho sem volta. A tendência, já vislumbrada e em curso antes da eclosão da pandemia Covid-19, se acelerou e deve ganhar ainda maior ritmo e impor importantes desafios.
Um dos aspectos destacados pelos 700 entrevistados pela Fundação Dom Cabral é a necessidade de amadurecer a relação entre líderes e liderados, especialmente no que toca ao monitoramento e mensuração de resultados. Os mecanismos e processos precisam ser reavaliados, ajustados e melhor adequados ao atual contexto e essa mudança tem de ser alicerçada na confiança.
No Brasil, 70% das empresas familiares morrem porque não conseguem chegar à geração seguinte; o real problema e sua solução podem não ser muito óbvios.
Narciso era uma criança tão bela que sua mãe, Liríope, preocupada, decidiu consultar um sábio sobre como criá-lo. Tirésias disse que o menino só teria vida longa se jamais visse a própria imagem. Mas, um dia, Narciso dirigiu-se a um lago e, ao ver sua imagem refletida ali, enlouqueceu de amor pelo próprio reflexo, sem olhos para mais nada. Mergulhou n’água e desapareceu em busca do objeto de sua paixão, sem reconhecer que era ele mesmo.
Partindo desse mito, a psicanálise desenvolveu o conceito de narcisismo, que remete à pessoa que nutre paixão por si mesma. Um tanto de amor próprio é necessário para confirmar e sustentar a autoestima, é claro, mas o exagero costuma ser prejudicial, não apenas ao convívio social como ao trabalho e à vida da pessoa.
Em 2010 um extenso trabalho de pesquisa feito por mim para a faculdade se transformou no livro De Herdeiro para Herdeiro. Uma das perguntas mais frequentes dos 40 herdeiros que entrevistei tinha relação com uma dúvida crucial: “Que trajeto e carreira profissional seguir: dentro da empresa familiar, respeitando um desejo da família; como empreendedor em carreira solo; ou noutra empresa que não a familiar, mas em área de interesse pessoal?”. Na verdade, eu mesmo me fiz esta pergunta várias vezes e respondê-la foi o principal motivador da pesquisa que virou livro.
O aumento do imposto sobre heranças e doações – ITCMD – em vários Estados brasileiros tem preocupado as famílias empresárias. O Fórum Brasileiro da Família Empresária – FBFE, entrevista Pamela Borges, diretora da área de Impostos Pessoa Física, da Grant Thornton, uma das cinco maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo, para debater essa pauta que ainda não está muito clara.
“O ITCMD – Pamela começa explicando – é um imposto estadual com diferentes alíquotas conforme o Estado, variando estas de 2% a 8%. No final de 2015, vários Estados aumentaram suas alíquotas, mas São Paulo ainda não está entre eles.” Outra alteração: a previdência privada, anteriormente não taxada por ser entendida como seguro de vida, passou a ser. “Fala-se até em mudança de residência para evitar a tributação, mas a tendência é de que todos os Estados façam o mesmo”, alerta a consultora.
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