Conselho de Família, Governança Familiar, Regras e Regalias. Esses foram os temas apresentados pela palestrante Fernanda Jubran, no FBFE Mulher 2021. Segundo ela, a estrutura de governança nas empresas familiares geralmente é complexa, pelo fato de que a gestão empresarial está vinculada à propriedade das quotas ou ações da empresa.
Conselho de Família tem como objetivo principal separar os problemas e conflitos emocionais do negócio. De modo que, o ideal, é a criação de dois espaços separados para discussão de temas ligados a gestão do negócio e a gestão da família. Na gestão do negócio, a governança corporativa trata das questões da empresa propriamente dita. Na gestão da família, a governança familiar tem como objetivo administrar as questões vinculadas às relações pessoais e sociais entre os membros familiares proprietários da empresa.
A governança se apodera de várias ferramentas como assembleias, conselhos ou comitês, menos ou mais simplificados, dependendo do tamanho e da complexidade da família, tendo como premissa mecanismos que assegurem a perpetuidade dos negócios e evitem conflitos entre seus membros.
Ecofeminismo e Sustentabilidade Humana, foram os temas abordados por Flávia Lippi no FBFE Mulher 2021. A especialista em neurociência, e comportamento humano, trouxe um tema pouco falado no Brasil, mas muito importante. Flávia discorreu sobre ciência, comportamento e suas interferências na vida das pessoas.
Ecofeminismo é uma vertente do feminismo que conecta a luta pela igualdade de direitos e de oportunidades entre homens e mulheres, juntamente com a defesa e a preservação do meio ambiente. A justificativa para unir essas duas vertentes leva em consideração o fato de que as mulheres são desproporcionalmente mais afetadas por desequilíbrios ambientais. Grande parte do trabalho atribuído às mulheres é ligada ao cultivo da terra, à produção de alimentos e cuidados com a comunidade.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), as mulheres representam 80% das pessoas que são obrigadas a deixarem seus lares e buscarem refúgio em outros lugares por conseqüência das mudanças climáticas. Isso acontece porque elas têm maior probabilidade de viver em condição de pobreza e com menor poder socioeconômico. Esta realidade faz com que as mulheres tenham mais dificuldades para se recuperarem de situações extremas, como desastres naturais.
Conselho de Família – Cofa foi o tema que Nelson Cury Filho, fundador do Fórum Brasileiro da Família Empresária-FBFE, discorreu no FBFE Mulher 2021. Como consultor, ele tem atuação singular na capacitação dos membros familiares e defende a criação do Cofa como uma das ferramentas indispensáveis para a governança familiar.
Conselho de Família – Cofa: o que é, qual a sua importância e por quê montá-lo?
Conselho de Família tem como um de seus objetivos separar as relações familiares das relações profissionais. Garantir que a família não impacte negativamente nos negócios é uma de suas funções primordiais e aponta a direção que o grupo deseja imprimir nos negócios. O Conselho, ou consilium do latim, remete à sabedoria e discernimento
Estrategista de comunicação e CEO da consultoria N Ideias, Nizan Guanaes disse que os empresários não podem “se apaixonar” mais pelo negócio do que pela oportunidade, mas precisam estar preparados para ter vários negócios ou diversas fases do negócio.
Empreendedores precisam se reinventar o tempo inteiro para acompanhar as profundas transformações que caracterizam o chamado mundo VUCA ( Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity), segundo o estrategista Nizan Guanaes , CEO da consultoria N Ideias, na palestra de encerramento do Family Business Innovation, realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE)
Para Guanaes, os empresários têm uma decisão fundamental a ser tomada neste contexto de grande volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade: se serão “vivedores” ou “morredores”. “O vivedor é aquele que enfrenta o problema com perspectiva e quer viver, enquanto o morredor, na mesma circunstância, já é derrotado porque pensa para baixo”, explicou.
Um dos maiores influenciadores sobre inovação, o jornalista Ivan Moré aplicou o conceito de desobediência produtiva no contexto da sucessão familiar e reforçou que o negócio pode subir degraus em valores, propósitos e resultados se o fundador estiver aberto a compartilhar poder e o sucessor entender a maneira como o patriarca pensa e fizer as adaptações conforme os novos pontos de vista
“É possível alcançar resultados incríveis – ou, pelo menos, diferentes – se você pensar fora da caixa diante de uma circunstância que promove em você a inquietação”, declarou o fundador da plataforma Desobediência Produtiva. Ele abriu o último quinto e último dia do Family Business Innovation, evento realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE).
De maneira descontraída, Ivan More falou sobre a trajetória profissional de 20 anos na Rede Globo, para exemplificar que estava sempre buscando quebrar protocolos e entregar mais do que o esperado, tendo como base a chamada desobediência produtiva, que envolve o tripé: percepção do entorno, confiança em si e na equipe e coragem para “dar o chute seguro”.
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