Estrategista de comunicação e CEO da consultoria N Ideias, Nizan Guanaes disse que os empresários não podem “se apaixonar” mais pelo negócio do que pela oportunidade, mas precisam estar preparados para ter vários negócios ou diversas fases do negócio.
Empreendedores precisam se reinventar o tempo inteiro para acompanhar as profundas transformações que caracterizam o chamado mundo VUCA ( Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity), segundo o estrategista Nizan Guanaes , CEO da consultoria N Ideias, na palestra de encerramento do Family Business Innovation, realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE)
Para Guanaes, os empresários têm uma decisão fundamental a ser tomada neste contexto de grande volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade: se serão “vivedores” ou “morredores”. “O vivedor é aquele que enfrenta o problema com perspectiva e quer viver, enquanto o morredor, na mesma circunstância, já é derrotado porque pensa para baixo”, explicou.
Um dos maiores influenciadores sobre inovação, o jornalista Ivan Moré aplicou o conceito de desobediência produtiva no contexto da sucessão familiar e reforçou que o negócio pode subir degraus em valores, propósitos e resultados se o fundador estiver aberto a compartilhar poder e o sucessor entender a maneira como o patriarca pensa e fizer as adaptações conforme os novos pontos de vista
“É possível alcançar resultados incríveis – ou, pelo menos, diferentes – se você pensar fora da caixa diante de uma circunstância que promove em você a inquietação”, declarou o fundador da plataforma Desobediência Produtiva. Ele abriu o último quinto e último dia do Family Business Innovation, evento realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE).
De maneira descontraída, Ivan More falou sobre a trajetória profissional de 20 anos na Rede Globo, para exemplificar que estava sempre buscando quebrar protocolos e entregar mais do que o esperado, tendo como base a chamada desobediência produtiva, que envolve o tripé: percepção do entorno, confiança em si e na equipe e coragem para “dar o chute seguro”.
Filipe Callil, co-fundador e CEO do ClapMe, disse que a startup precisou se reinventar mais de uma vez para sobreviver, sendo hoje uma destacada empresa brasileira que atende o mercado publicitário, com produção e distribuição de conteúdo ao vivo.
Ter resiliência é fundamental na hora de empreender, sobretudo, quando o modelo de negócio a ser validado é disruptivo. “Desde o começo foi um desafio intenso”, contou Filipe Callil, co-fundador e CEO do ClapMe, ao apresentar o case de uma das mais inovadoras contechs brasileiras, durante o quarto dia do Family Business Innovation, evento realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE).
A ClapMe surgiu em 2013, em São Paulo, com a expectativa de ser o “maior palco do mundo”, com transmissão ao vivo de shows, mas após enfrentar dificuldades precisou se reinventar mais de uma vez para sobreviver. Hoje atende o mercado publicitário, com produção e distribuição de conteúdo ao vivo.
Na palestra de abertura do quarto dia do evento Family Business Innovation, João Kepler, diretor na Bossa Nova Investimentos, afirmou que startup é um modelo de negócio diferenciado e o papel do anjo investidor, além de dar aporte financeiro, é ajudar com conexões, sinergias, apoios e mentorias para alavancar o crescimento da empresa.
O mercado tradicional inteiro, de alguma forma, está se relacionando com as startups. As grandes empresas contratam, investem ou criam ambientes de pré-aceleração para esses modelos de negócio, disse o ” anjo investidor ” João Kepler, diretor na Bossa Nova Investimentos, durante o quarto dia do Family Business Innovation, evento realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE).
Kepler reforçou que startup é um modelo de negócio diferenciado. “O modelo da economia tradicional é comprar, vender, alugar, enquanto na nova economia temos downloads, assinaturas e várias outras formas. É um negócio escalável, isto é, aumenta resultado e faturamento, mas não aumenta infraestrutura ou despesa proporcional”, disse.
A incorporação dos aspectos ambientais, sociais e de governança (environment, social andgovernance, ESG na sigla em inglês) na alocação de recursos e o investimento de impacto foram o tema da palestra de Vitor Ohtsuki, head da área de Private Banking do Banco Santander, no terceiro dia do Family Business Innovation, evento promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE) que este ano foi digital.
Nos últimos anos, cada vez mais empresas e investidores vêm considerando aspectos ambientais, sociais e de governança em suas decisões de alocação de recursos. De acordo com Vitor Ohtsuki, head do Santander Private Banking, no mundo já há US$ 30 trilhões cuja alocação foi baseada em critérios ESG .
Esses aspectos de sustentabilidade são especialmente valorizados pelas novas gerações, que vêem na agenda ESG um propósito para os negócios.Ohtsuki destacou que além da atração de investimentos, a melhora nesses indicadores de sustentabilidade traz benefícios financeiros às organizações, como a redução de juros em financiamentos.Continue lendo
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