“Case ClapMe : entretenimento na era digital” por Filipe Callil
Filipe Callil, co-fundador e CEO do ClapMe, disse que a startup precisou se reinventar mais de uma vez para sobreviver, sendo hoje uma destacada empresa brasileira que atende o mercado publicitário, com produção e distribuição de conteúdo ao vivo.
Ter resiliência é fundamental na hora de empreender, sobretudo, quando o modelo de negócio a ser validado é disruptivo. “Desde o começo foi um desafio intenso”, contou Filipe Callil, co-fundador e CEO do ClapMe, ao apresentar o case de uma das mais inovadoras contechs brasileiras, durante o quarto dia do Family Business Innovation, evento realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE).
A ClapMe surgiu em 2013, em São Paulo, com a expectativa de ser o “maior palco do mundo”, com transmissão ao vivo de shows, mas após enfrentar dificuldades precisou se reinventar mais de uma vez para sobreviver. Hoje atende o mercado publicitário, com produção e distribuição de conteúdo ao vivo.
O modelo de negócio inicial, baseado em livefunding, em que artistas usariam a plataforma para fazer shows ao vivo, não se mostrou sustentável, tanto por parte do investidor, como por parte do artista, que se sentia inseguro em fazer a transmissão. “O artista tinha uma série de dúvidas por envolver o que há de mais essencial do trabalho dele, que é uma apresentação ao vivo”, explicou.
Diante da insegurança do artista, a ClapMe investiu em equipamentos para fazer a transmissão e adotou em 2016 o discurso de ser “uma Netflix dos shows ao vivo”, ideia que também não obteve sustentabilidade. “Entendemos que teríamos os bons amantes da música, mas percebemos que a relação ídolo e fã é muito mais exclusiva do que generalizada”, disse Callil.
O aprendizado serviu para a contech se reinventar, passando então a oferecer conteúdo para marcas, com produção de lives para o mercado publicitário. De 2016 até o começo de 2020, a startup ficou focada em se fortalecer como uma grande produtora de lives para o mundo publicitário.
“Conquistamos grandes contas, produzindo conteúdos e provocando quem já estava fazendo lives a criar uma plataforma própria, então começamos a fazer esse casamento entre produção com plataforma para que o cliente tivesse uma entrega 360º, com conteúdo de qualidade, muito bem distribuído dentro da plataforma”, contou.
De acordo com Callil, a startup comemora a marca de já ter feito a transmissão ao vivo de mais de 2,5 mil eventos e tem a expectativa de lançar 50 plataformas até o fim do ano.
Filipe Callil é co-fundador e CEO do ClapMe – uma das mais inovadoras contechs brasileiras. Palestrante contumaz, é uma das jovens lideranças em inovação e criatividade.
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