Estrategista de comunicação e CEO da consultoria N Ideias, Nizan Guanaes disse que os empresários não podem “se apaixonar” mais pelo negócio do que pela oportunidade, mas precisam estar preparados para ter vários negócios ou diversas fases do negócio.
Empreendedores precisam se reinventar o tempo inteiro para acompanhar as profundas transformações que caracterizam o chamado mundo VUCA ( Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity), segundo o estrategista Nizan Guanaes , CEO da consultoria N Ideias, na palestra de encerramento do Family Business Innovation, realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE)
Para Guanaes, os empresários têm uma decisão fundamental a ser tomada neste contexto de grande volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade: se serão “vivedores” ou “morredores”. “O vivedor é aquele que enfrenta o problema com perspectiva e quer viver, enquanto o morredor, na mesma circunstância, já é derrotado porque pensa para baixo”, explicou.
No atual cenário de volatilidade, as mudanças afetam a sociedade como um todo e não somente os negócios ou o ambiente em que se opera. O início de uma nova era sempre exige significativa adaptação para manter a relevância e crescer e afeta também o processo de sucessão nas empresas.
Em geral, quando mencionam o processo sucessório, as pessoas remetem à passagem de bastão, mas a estratégia e a preparação prévia são muito mais importantes do que o aspecto tático deste momento. Fundador da Cambridge Family Enterprise Group e professor do Massachusetts Institute of Technology – MIT.
John Davis definiu o atual momento como uma paisagem nebulosa em que é preciso direcionar todo o foco para o horizonte. “O horizonte é a missão da família, mais do que nunca é preciso focar aonde quer chegar e o que deseja conquistar”, disse em sua palestra no primeiro dia do Family Business Innovation 2020.
A crise provocada pela covid-19 é uma dessas situações em que é preciso não apenas superar as dificuldades, mas se fortalecer em decorrência delas. Estamos diante de uma disrupção cujos efeitos atingiram todos os aspectos da sociedade, todos os níveis de governo e todos os setores de atividade econômica.
Segundo o professor do MIT e especialista em empresas familiares, John Davis, a resiliência é ainda mais crucial numa situação de tamanha disrupção, como a provocada pela pandemia da covid-19. Quando há resiliência, a adversidade geralmente aproxima os membros da família, acende o alerta para identificar as mudanças prioritárias e, principalmente, para tirar proveito das oportunidades que surgem em meio às dificuldades, criando valor e mantendo a sustentabilidade dos negócios.
As transformações econômicas, sociais e de saúde continuarão reverberando pelos próximos anos e os custos decorrentes ainda não foram totalmente mensurados. Alguns negócios se beneficiarão dessa situação, mas muitos enfrentarão dificuldades. Nenhuma atividade será poupada.
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