Sucessão deve considerar ambiente VUCA por John Davis
No atual cenário de volatilidade, as mudanças afetam a sociedade como um todo e não somente os negócios ou o ambiente em que se opera. O início de uma nova era sempre exige significativa adaptação para manter a relevância e crescer e afeta também o processo de sucessão nas empresas.
Em geral, quando mencionam o processo sucessório, as pessoas remetem à passagem de bastão, mas a estratégia e a preparação prévia são muito mais importantes do que o aspecto tático deste momento. Fundador da Cambridge Family Enterprise Group e professor do Massachusetts Institute of Technology – MIT.
John Davis definiu o atual momento como uma paisagem nebulosa em que é preciso direcionar todo o foco para o horizonte. “O horizonte é a missão da família, mais do que nunca é preciso focar aonde quer chegar e o que deseja conquistar”, disse em sua palestra no primeiro dia do Family Business Innovation 2020.
Em geral, quando mencionam o processo sucessório, as pessoas remetem à passagem de bastão, mas a estratégia e a preparação prévia são muito mais importantes do que o aspecto tático deste momento. John Davis é Fundador da Cambridge Family Enterprise Group e professor do Massachusetts Institute of Technology – MIT, John Davis definiu o atual momento como uma paisagem nebulosa em que é preciso direcionar todo o foco para o horizonte. “O horizonte é a missão da família, mais do que nunca é preciso focar aonde quer chegar e o que deseja conquistar”, disse em sua palestra no primeiro dia do Family Business Innovation 2020.
A disrupção não se resume à tecnologia, ela pode se dar no plano da regulação, ser física ou em várias outras instâncias. Muito do que fazemos hoje exige inovação, seja uma evolução tecnológica, no comportamento dos consumidores ou na operação da empresa. Cerca de 80% das mudanças são causadas por inovações, mas apenas 30% são disruptivas.
As empresas familiares são tradicionalmente apegadas ao que fazem e como fazem e têm certa resistência para adotar mudanças. Porém, as grandes transformações estão acontecendo em períodos cada vez menores e é preciso cada vez mais agilidade para acompanhá-las. Assim como as demais áreas, a preparação para a sucessão precisa considerar as atuais características do momento que vivemos: volatilidade, instabilidade, complexidade e ambiguidade (VUCA).
Este é um momento propício para reunir os membros da família e trazê-los para o processo de decisões. Fazer com que eles acompanhem o que está sendo feito e entendam porque, que tomem conhecimento das variáveis envolvidas nas decisões. É fundamental despertar nos membros das próximas gerações o interesse e a paixão pelo negócio. Dar a eles oportunidade de colocar as mãos no volante e participar.
É importante desenvolver os membros da família para papéis-chave, considerando as características de cada um, formando um time com talentos complementares de forma que cada um possa dar sua contribuição, assim como estabelecer um prazo para a sucessão. Segundo Davis, a transição deve ser feita quando as novas gerações estiverem prontas e não quando a geração sênior está pronta para sair.
“A boa sucessão é quando a geração sênior consegue enxergar além de suas próprias necessidades e ver as demandas das novas gerações. E, ao sair, não deve simplesmente pensar que já deram sua contribuição e se afastar, mas, sim, se manter como conselheiros aproveitando sua experiência”, disse John Davis.
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