Ana Andrade Cury é co-fundadora e Diretora Executiva do Fórum da Família Empresária. Ela abriu o FBFE Mulher 2021 e destacou o protagonismo das mulheres nos negócios, na família e em sociedade. O evento conta com a participação de outras herdeiras, acionistas e fundadoras de empresas familiares, além de cientistas, pesquisadoras e consultoras que vão abordar temas relacionados ao empoderamento feminino.
Ana Andrade Cury abriu o FBFE Mulher 2021 citando a filósofa indiana Vandana Shiva. A ativista deixou ensinamentos, que se encaixam muito bem no momento que estamos vivendo. Segundo Shiva, pelo poder, os homens se afastaram da natureza, da família e de si mesmos. As mulheres, ao contrário, voltaram seu olhar ao cuidado com o outro e aos aspectos da natureza humana.
“Assim como o ecofeminismo, a necessidade de compartilhar e colaborar são características fortemente femininas que funcionam como antídoto para a brutalidade do capital. Essa postura se revela fundamental para superarmos o atual momento de crise e incerteza” completa Ana Andrade Cury. Continue lendo
Francine Mendes, economista e mestre em psicanálise, falou no FBFE Mulher 2021. Para ela, muitas mulheres acham que independência financeira é poder comprar ações ou investir em fundos de investimentos no mercado financeiro. Mas, ao contrário, ela compartilha uma regra simples: para começar basta ter disciplina, consciência e paciência.
Francine Mendes diz acreditar que “o primeiro passo é calcular o seu custo mensal de vida e quanto você almeja ganhar. Essa informação é primordial para a definição de objetivos, metas e prazos bem estabelecidos para se chegar à independência financeira”. O segundo passo é ter uma reserva de emergência, que deve ser equivalente a seis meses do seu custo de vida.
“Vamos imaginar um valor hipotético: se você planeja ganhar R$10 mil reais, a reserva de emergência deve ser de no mínimo, R$ 60 mil. Não é aconselhável aplicar esse valor na poupança, em título de capitalização, ou consórcio (que só existe no Brasil). Esses são os piores investimentos”, alerta Francine Mendes.
Equidade, Inclusão e Psicologia Positiva foram assuntos apresentados por Hugo Nisembaum, mestre em ciências do Comportamento e Desenvolvimento Organizacional, no FBFE Mulher 2021. Os temas são importantes não só para o desenvolvimento dos líderes, mas também dos colaboradores.
Hugo Nisembaum começou sua palestra citando um artigo do especialista em Liderança americano, Jack Zenger. Ele escreve para a Forbes e para a Harvard Business Review. Na publicação, de 2019, Jack descrevia a capacidade das mulheres e a falta de reconhecimento do potencial delas.
Ele fez pesquisas a partir de 2012 em que se perguntava se algum dia as mulheres conseguiriam assumir cargos de responsabilidade no governo dos Estados Unidos. Para a surpresa dele, kamala Harris assumiu a vice-presidência do seu país.
Daniela De Rogatis é especialista em formação e educação de herdeiros e trouxe uma rica contribuição para o FBFE Mulher 2021. Ela falou sobre os desafios que as famílias empresárias enfrentam no encaminhamento positivo e propositivo dos jovens herdeiros de suas famílias.
Daniela De Rogatis acredita que herdeiros de grandes empresas familiares vivem dentro de um contexto diferenciado, mas, é fundamental o cuidado na formação de futuros acionistas para manter as perspectivas a um conjunto de oportunidades e realizações para o futuro deles, e dos negócios da família.
A especialista destaca a importância da juventude da elite econômica, por seu papel relevante na construção daquilo que será importante para o país, e na criação de uma nova fronteira para a sociedade do futuro, como paradigma do novo século XXI.
Élica Martins, sócia da Grant Thornton Brasil, apresentou o resultado da pesquisa global Women in Business da Grant Thronton que há 17 anos acompanha o avanço das mulheres em cargos de liderança, esses resultados foram apresentados com exclusividade no FBFE Mulher 2021.
Élica Martins reforçou que em 2020, entre outubro e dezembro, a Grant Thornton entrevistou 5.000 mil CEOs, diretores, tomadores de decisões de 29 países para identificar suas percepções, ações práticas e visão de futuro relacionadas à representatividade das mulheres nos negócios. A pesquisa foi realizada em um ano atípico, com impactos imprevistos pela pandemia.
O novo modelo e prática de trabalho home office foi forçado, mas deu muito certo. Nesse período foram expostas as fraquezas nas cadeias de abastecimento, assim como a necessidade da reavaliação das empresas sobre fatores essenciais à sua sobrevivência. O middle Market, ou negócios de porte médio, substancialmente composto por empresas familiares, teve destaque e se tornou o coração pulsante de muitos setores.
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