Para o CEO da Qura, editora da prestigiada revista MIT Sloan Review no Brasil, Pedro Nascimento, o País precisa abandonar a crença de que tudo se transforma em commodity.
A história dos negócios mostra que produtos considerados commodities podem ser plataformas para a inovação. “No longo prazo, tudo vira torradeira.” Citando a frase do economista e professor da Columbia Business School Bruce Greenwald, o CEO da Qura, editora da prestigiada revista MIT Sloan Review no Brasil, Pedro Nascimento, iniciou sua apresentação no terceiro dia do Family Business Innovation, evento promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE) .
Mas ele deixou claro que a afirmação não é verdadeira quando há inovação. A própria história dos negócios mostra que produtos definidos como commodities muitas vezes se tornam plataformas para a inovação.
Patricia Villela Marino , presidente do Instituto Humanitas360 (H360), entidade que trabalha em diversos países das Américas para diminuir a violência e melhorar a qualidade de vida da população, falou durante o segundo dia do evento Family Business Innovation sobre as ações de reintegração social com presidiários desenvolvidas pela organização filantrópica.
“Nosso sistema penitenciário é a nossa senzala de séculos atrás. Os vários séculos de escravidão e poucos de liberdade ainda não foram suficientes para fazer a transição daqueles que estavam segregados naquele momento para os que estão segregados neste momento.” A afirmação é da empresária e empreendedora Patricia Villela Marino, presidente do Instituto Humanitas360 (H360), entidade com atuação em diversos países e que no Brasil desenvolve um trabalho de reinserção social com presidiários para que não retornem à criminalidade.
Existe no País, disse, uma subclasse, uma sociedade quase de castas, resultado de um enorme problema de segregação racial e da falta de educação e de políticas públicas para oferecer uma rede de proteção para as pessoas que saíram de um sistema de transição e de submissão. É essa subclasse que é encontrada no sistema penitenciário brasileiro.Segundo ela, 60% das quase 800 mil pessoas presas são negras ou pardas.
AD Junior, influenciador digital e head de marketing da Trace Brasil, apresentou a multiplataforma voltada para o público afro-brasileiro, cujo objetivo é empoderar as pessoas por meio do audiovisual, além de mudar paradigmas e trazer cada vez mais o lugar de equanimidade.
O Brasil possui a maior população negra fora do continente africano devido, é claro, à maior e mais longeva história de escravização recente da humanidade. Em vez de voltar a este episódio, a Trace Brasil, plataforma de entretenimento voltada ao público afro-brasileiro, propõe uma nova abordagem, sobre o que podemos fazer daqui para frente.
“Temos 132 anos de pós-escravidão e, pela primeira vez, vemos brancos brasileiros querendo participar das discussões sobre racismo. É uma oportunidade”, frisou AD Junior, influenciador digital e head de marketing da Trace Brasil, durante o segundo dia de apresentações do Family Business Innovation 2020, evento promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE).
Na abertura do segundo dia do Family Business Innovation 2020, Patrícia Villela Marino, presidente do Instituto Humanitas360 e co-fundadora da Civi-co, reforçou a importância de transformar o capital financeiro em capital cívico, capaz de fazer uma verdadeira transformação social no Brasil.
“A elite brasileira, que por algum tempo se tornou comprante, precisa voltar a ser uma elite pensante, promotora das verdadeiras transformações sociais, que passam por questões raciais no País”. Esse é o pensamento de Patrícia Villela Marino, presidente do Instituto Humanitas360 e co-fundadora da Civi-co, que participou do segundo dia de apresentações do evento Family Business Innovation 2020, realizado em formato digital.
A empresária e empreendedora social apresentou a história da Civi-co, uma comunidade de empreendedores cívico-sociais com ideias quase embrionárias, difíceis de serem mantidas se não estivessem num ecossistema que assegure um mínimo de segurança física, intelectual e emocional a esses empreendedores, no sentido de mostrar que as ideias valem a pena de ser exercitadas.
Patrícia Villela Marino é empresária e empreendedora social, e leva projeto de reintegração para dentro das prisões e abre novas perspectivas para mulheres que querem romper um ciclo de violência e criminalidade.
No dia de seu casamento com Ricardo Villela Marino, os noivos substituíram os presentes por doações a projetos sociais e arrecadaram US$ 250 mil, distribuídos entre três instituições beneficentes: o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc), o Instituto Rodrigo Mendes e a Associação Cruz Verde.
Desde então, o investimento de capital social privado em ações de impacto social fazia parte da vida da empresária e empreendedora cívico-social e de seu marido, presidente do Conselho Estratégico do Itaú Unibanco para a América Latina.
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