Janine Rodrigues, escritora, educadora e fundadora da Piraporiando, reforçou a importância da educação antirracista, antibullying e sem preconceitos, para que todas as crianças tenham a oportunidade de conhecer as próprias histórias e pensar no que desejam ressignificar.
Todas as crianças precisam ter a oportunidade de viver experiências, conhecer culturas diversas e entender o quanto a sociedade é plural, afirma Janine Rodrigues, escritora e educadora, que participou do segundo dia do evento Family Business Innovation 2020, promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE). Ela fundou em 2015 a editora Piraporiando, startup que vem revolucionando o mercado da educação no Brasil, com abordagem antirracista, antibullying e sem preconceitos.
Para Janine, uma educação com foco em diversidade emancipará o indivíduo, que irá crescer e gerar bons frutos para a sociedade. “Já passamos por escolas em mais de 22 estados. É impressionante a riqueza deste País, a capacidade intelectual das crianças e o quanto de conteúdo podemos oferecer para melhorar a sociedade”, disse a empreendedora, referindo-se ao potencial de trabalho da Piraporiando, que está sediada na Civi-co.
AD Junior, influenciador digital e head de marketing da Trace Brasil, apresentou a multiplataforma voltada para o público afro-brasileiro, cujo objetivo é empoderar as pessoas por meio do audiovisual, além de mudar paradigmas e trazer cada vez mais o lugar de equanimidade.
O Brasil possui a maior população negra fora do continente africano devido, é claro, à maior e mais longeva história de escravização recente da humanidade. Em vez de voltar a este episódio, a Trace Brasil, plataforma de entretenimento voltada ao público afro-brasileiro, propõe uma nova abordagem, sobre o que podemos fazer daqui para frente.
“Temos 132 anos de pós-escravidão e, pela primeira vez, vemos brancos brasileiros querendo participar das discussões sobre racismo. É uma oportunidade”, frisou AD Junior, influenciador digital e head de marketing da Trace Brasil, durante o segundo dia de apresentações do Family Business Innovation 2020, evento promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE).
Paulo Rogerio Nunes, publicitário e co-fundador da aceleradora de impacto social Vale do Dendê, destacou que o Brasil pode ser diferente se incluir a diversidade na economia.
Em operação desde o final de 2016, a Vale do Dendê de Paulo Rogerio, estimula a formação de polo de inovação e criatividade em Salvador, por meio de aceleração de startups, que são selecionadas levando em conta critérios de inovação, impacto social e diversidade, como o Traz Favela – Delivery sem Preconceito, que apoia empreendedores em bairros periféricos, situados em áreas consideradas de risco.
Paulo Rogerio ressaltou a necessidade de se criar uma força-tarefa com um olhar diferente para a comunidade afro-brasileira, que quer deixar de ser apenas consumidora para se tornar também produtora de riquezas. “O mercado afro-brasileiro foi por muito tempo ignorado por marcas e empresas, mas hoje se configura como opção viável de investimentos, com o diferencial de ter o impacto social no DNA, com alto grau de compartilhamento de recursos”.
Na abertura do segundo dia do Family Business Innovation 2020, Patrícia Villela Marino, presidente do Instituto Humanitas360 e co-fundadora da Civi-co, reforçou a importância de transformar o capital financeiro em capital cívico, capaz de fazer uma verdadeira transformação social no Brasil.
“A elite brasileira, que por algum tempo se tornou comprante, precisa voltar a ser uma elite pensante, promotora das verdadeiras transformações sociais, que passam por questões raciais no País”. Esse é o pensamento de Patrícia Villela Marino, presidente do Instituto Humanitas360 e co-fundadora da Civi-co, que participou do segundo dia de apresentações do evento Family Business Innovation 2020, realizado em formato digital.
A empresária e empreendedora social apresentou a história da Civi-co, uma comunidade de empreendedores cívico-sociais com ideias quase embrionárias, difíceis de serem mantidas se não estivessem num ecossistema que assegure um mínimo de segurança física, intelectual e emocional a esses empreendedores, no sentido de mostrar que as ideias valem a pena de ser exercitadas.
No atual cenário de volatilidade, as mudanças afetam a sociedade como um todo e não somente os negócios ou o ambiente em que se opera. O início de uma nova era sempre exige significativa adaptação para manter a relevância e crescer e afeta também o processo de sucessão nas empresas.
Em geral, quando mencionam o processo sucessório, as pessoas remetem à passagem de bastão, mas a estratégia e a preparação prévia são muito mais importantes do que o aspecto tático deste momento. Fundador da Cambridge Family Enterprise Group e professor do Massachusetts Institute of Technology – MIT.
John Davis definiu o atual momento como uma paisagem nebulosa em que é preciso direcionar todo o foco para o horizonte. “O horizonte é a missão da família, mais do que nunca é preciso focar aonde quer chegar e o que deseja conquistar”, disse em sua palestra no primeiro dia do Family Business Innovation 2020.
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