Paulo Rogerio Nunes, publicitário e co-fundador da aceleradora de impacto social Vale do Dendê, destacou que o Brasil pode ser diferente se incluir a diversidade na economia.
Em operação desde o final de 2016, a Vale do Dendê de Paulo Rogerio, estimula a formação de polo de inovação e criatividade em Salvador, por meio de aceleração de startups, que são selecionadas levando em conta critérios de inovação, impacto social e diversidade, como o Traz Favela – Delivery sem Preconceito, que apoia empreendedores em bairros periféricos, situados em áreas consideradas de risco.
Paulo Rogerio ressaltou a necessidade de se criar uma força-tarefa com um olhar diferente para a comunidade afro-brasileira, que quer deixar de ser apenas consumidora para se tornar também produtora de riquezas. “O mercado afro-brasileiro foi por muito tempo ignorado por marcas e empresas, mas hoje se configura como opção viável de investimentos, com o diferencial de ter o impacto social no DNA, com alto grau de compartilhamento de recursos”.
Essa é a avaliação, co-fundador da aceleradora de impacto social Vale do Dendê, que integra a comunidade Civi-co. Ele participou do segundo dia do evento Family Business Innovation 2020, promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE), realizado no formato digital.
Uma pesquisa realizada pela Vale do Dendê sobre o perfil dos empreendedores atendidos mostrou que 93,5% se auto declaram pretos ou pardos, 60% estão com negócios inativos por conta da pandemia do coronavírus e 70% são mulheres. “Temos uma economia pulsante, então precisamos combinar isto com tecnologia”, afirmou Nunes.
O publicitário reforçou que a comunidade afro-brasileira quer deixar de ser apenas consumidora para se tornar também produtora de riquezas. “Vamos criar uma força-tarefa com um olhar diferente, que não seja preconceituoso ou tenha aquela superioridade de ajudar comunidade pobre. Aquela comunidade que hoje é pobre tem uma potência econômica reprimida”, declarou Paulo Rogerio.
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