Daniela Bulhões, filha de Tania Bulhões, criadora da marca homônima de produtos de luxo para casa e perfumaria, desenvolveu uma trajetória profissional que destoa dos herdeiros de empresas familiares: ela empreendeu antes de ingressar no negócio da família. Sua experiência com a Dany Home, loja aberta em 2003 em Uberlândia (MG), onde morava, foi um grande aprendizado repleto de lições importantes que recebeu de sua mãe.
“A minha loja era o meu terceiro filho”, destacou Daniela para o público presente no Family Office Summit Brasil 2024, em 6 de novembro, em Belo Horizonte (MG), evento promovido pelo FBFE – Fórum Brasileiro da Família Empresária. Para a abertura da loja, organizou um bazar com peças enviadas por sua mãe, juntou um dinheiro recebido de Tania e alugou e reformou o imóvel e adquiriu algumas peças para vender.
A atuação da Treecorp para potencializar empresas familiares foi o tema da palestra de Luis Filipe Lomonaco, fundador da gestora de private equity, no Family Office Summit Belo Horizonte 2024. Durante a apresentação, Lomonaco destacou como as participações da empresa vão além da alocação de capital, envolvendo uma atuação ativa para impulsionar o crescimento das empresas parceiras.
“Somos um fundo, uma gestora de private equity, mas operamos como uma holding que adquire participações e contribui diretamente na execução”, explicou Lomonaco durante o evento promovido pelo FBFE – Fórum Brasileiro da Família Empresária. Segundo ele, a Treecorp se diferencia por oferecer mais do que capital, assumindo um papel de gestão, especialmente em áreas em que os parceiros geralmente carecem de expertise, mas que são essenciais para maximizar os resultados.
Treecorp é um fundo de private equity, fundada em 2012, que se especializou em investimentos em empresas familiares. “Desde o início, nosso posicionamento sempre foi investir em empresas familiares. Queremos ser sócios e fazer com que a família fique sócia de um negócio que, com a nossa ajuda, se tornará grande”, afirmou Luis Felipe Lomonaco, um dos fundadores da Treecorp.
Ao longo dos seus 12 anos de existência, a Treecorp construiu um diversificado portfólio. Entre os investimentos do fundo estão a Zee.dog, empresa que produz bens duráveis para pets (adquirida pela Petz), e a Ademicon, que se tornou a maior administradora independente de consórcios do país. No ano passado, outra operação do fundo chamou muita atenção: a aquisição de 90% do clube de futebol paranaense Coritiba. Esse foi o primeiro investimento de um fundo de private equity brasileiro em SAF, o modelo de privatização dos times de futebol.
Renato Abissamra, sócio da Spectra Investimentos discorreu no Family Business Investment 2022 realizado pelo FBFE em Belo Horizonte. Sua palestra versou sobre investimentos alternativos.
“O brasileiro se acostumou a investir durante anos em renda fixa durante e com o tempo foi evoluindo para crédito, multimercado e os investimentos alternativos ficaram distantes do cardápio nacional”, conta.
Investimentos alternativos ajudam a diversificar o portfólio e a proteger o patrimônio das oscilações de mercado
Paz Ambrosy, professora da IE Business School, founding partner do Global Institutional Investors (GII) e uma das consultoras de investimentos mais influentes do mundo, costuma dizer que não há fórmula mágica para ganhar dinheiro, mas deve-se levar em conta os investimentos alternativos.
“Na hora de investir, um dos erros mais comuns dos Family Offices é achar que serão bem-sucedidos em qualquer negócio. Outro é colocar seu capital em negócios que não conhecem, não entendem a geração de caixa e que não oferecem uma gestão transparente”, diz ela.
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