Randolph Waesche, um dos 6 melhores Wealth Advisors dos EUA, irá palestrar no Family Office Summit Brazil 2019
Randolph Waesche trabalha há mais de 40 anos como Financial Advisor. Sua empresa por 6 anos consecutivos foi considerada umas das melhores “Wealth Advisors”pela Revista FT Financial e reconhecido pelas revistas Money e WORTH como um dos principais planejadores financeiros do país.
Para Randolph Waesche, o dinheiro na sua definição e uso, é confuso e não muito bem compreendido. Peça a dez pessoas para definirem o dinheiro e muito provavelmente você terá dez definições diferentes. Isso torna difícil apreciar e entender como é o alicerce que sustenta o sistema empresarial familiar. Em muitas empresas familiares, quem ganha o dinheiro, e/ou quem o controla, determina o destino da família e, portanto, do negócio. Compreender o dinheiro é entender como a família é controlada e por quem. Richard Wagner, líder teórico e pesquisador sobre o tema dinheiro, faz a seguinte afirmação:
“O dinheiro constitui uma força secular penetrante e poderosa. O dinheiro está incorporado a praticamente todas as questões públicas e privadas significativas. E isto porque mostra como nossos corações são iguais, revela sistemas de valores e prioridades. E também porque geralmente podemos encontrá-lo espreitando onde quer que encontremos alienação ou reciprocidade entre seres humanos ou grupos de seres humanos ou seres humanos e o mundo que nos rodeia.”
Dito de outra forma, o dinheiro é uma força poderosa, persuasiva e influente. Saiba os temas que serão abordados por Randolph Waesche em sua palestra “A Inevitável Influência do Dinheiro na Empresa Familiar” no Family Office Summit Brazil 2019.
Dinheiro como fonte de conflito
No seio da empresa familiar, quer o conflito resulte da redução do lucro distribuído, do desejo dos empregados por aumento salarial ou por um financiamento para expansão da empresa, a percepção e/ou a necessidade do dinheiro do indivíduo influenciam nos resultados. Um acionista pode se opor a assinar um empréstimo bancário, mesmo que a expansão seja de interesse da empresa, pelo receio de perder dinheiro ou por necessidade de segurança financeira. As lutas e desentendimentos sobre as reduções de dividendos, especialmente com acionistas que não entendem as operações internas do negócio, são frequentemente causadas pela possibilidade de alterar o estilo de vida e o senso de autoestima do investidor.
Para a família, ter o dinheiro em mãos é mais importante e causa mais preocupação do que as taxas internas de retorno, os modelos de alocação de ativos ou as taxas de cobertura do serviço da dívidas incorporadas aos empréstimos bancários. Em uma empresa familiar, a influência do dinheiro está associada a conceitos que remontam aos primórdios. A fábula de Esopo “A galinha dos ovos de ouro” e o rei Midas na mitologia grega transmitem alegorias morais sobre o relacionamento do indivíduo com o dinheiro – principalmente a ganância. (Randolph Waesche)
A Ganância
A ganância e o poder na empresa familiar são tão vivos e evidentes hoje como há centenas de anos. Na fábula de Esopo, um fazendeiro e sua esposa tinham uma galinha que botava um ovo de ouro todas as manhãs. Supondo que a galinha devesse ter um armazém de ovos dentro dela, eles mataram a galinha para obter todo o seu ouro. Na expectativa de uma vantagem imediata, privaram-se do ganho que teriam recebido diariamente devido à ganância.
O mesmo resultado infeliz ocorre hoje quando uma empresa familiar é vendida. Os bancos de investimentos prometem satisfação imediata, riqueza e boa vida aos acionistas, mas o resultado é diferente. De acordo com o Fundo Nacional para Educação Financeira, 70% das pessoas que recebem grandes quantidades de dinheiro quebram rapidamente dentro de alguns anos. Com grande frequência, a família que vende um negócio sustentável aprende dolorosamente que a riqueza súbita não é tão segura, agradável ou previsível quanto o fluxo contínuo de rendimentos gerados pelo negócio.
Observamos este desejo pelo aumento de bens materiais e a ganância em famílias lutando por pequenas diferenças percentuais na participação dos lucros e das propriedades. O desejo de mais rendimento pode destruir os negócios e a unidade familiar. Muitos acionistas compreendem as recompensas e os benefícios que o dinheiro oferece, mas não a disciplina, o tempo e o conhecimento necessários para tomar decisões que sustentem a lucratividade. A ganância é a incubadora do conflito familiar em torno do dinheiro. (Randolph Waesche)
O modelo dos três círculos de Tagiuri e Davis (John) do sistema de negócios familiares provou ser uma interpretação eficaz para a estrutura da empresa familiar. O que ele não aborda é a inevitável influência do dinheiro na fusão dos três sistemas: propriedade, família e negócios. O dinheiro é o fator comum na intersecção de cada sobreposição e sua influência é profunda.
Dinheiro e empresa familiar
A maneira de compreender o dinheiro é que faz a diferença entre as famílias que funcionam de forma cooperativa e aquelas disfuncionais. Uma forte e vigorosa relação e compreensão da finalidade e do uso do dinheiro geram empresas familiares prósperas. Nas empresas familiares, o dinheiro não é uma mercadoria, mas um elemento definidor que influência e define a empresa. É o elo comum entre família, negócios e acionistas.
A influência do dinheiro na empresa familiar não recebeu a atenção merecida nas pesquisas acadêmicas. Sem ela, a empresa familiar não seria a base da maioria das economias do mundo desenvolvido, gerando de 70% a 90% do PIB global anualmente e representando dois terços de todas as empresas em todo o mundo. O dinheiro é o fio comum que liga o negócio da família através das gerações, e a compreensão de seu propósito e influência dentro do sistema da empresa familiar pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso. (Randolph Waesche)
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*Texto traduzido e adaptado por FBFE
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