Jorge Paulo Lemann e Carlos Wizard investem na maior rede de ONGs
Gerando Falcões recebe investimentos de grandes líderes empresariais do país e caminha para ser a maior rede de ONGs do Brasil.
O que faz Jorge Paulo Lemann, Carlos Wizard Martins, Flávio Augusto e Daniel Castanho, quatro grandes empresários do Brasil, investirem em uma ONG para expandir — em forma de franquia — seu poder transformador para vários estados do país? Essa ONG chama Gerando Falcões!

Jorge Paulo Lemann e Eduardo Lyra
““O Lyra é um grande exemplo neste país”, diz Carlos Wizard. Apesar da situação adversa em que nasceu e das circunstâncias limitadas em que viveu; transformou-se em um líder nacional. Minha principal motivação ao apoiar o projeto de crescimento da ONG Gerando Falcões é saber que ela vai transformar membros da comunidade em pequenos grandes empreendedores”, elogia.
Segundo Carlos Wizard, o grande desafio do trabalho de Lyra é transformar os jovens de apenas receptores de uma ajuda em protagonistas de sua própria riqueza. “Não vejo propósito em fazer mais projetos assistenciais que dão o peixe e não ensinam a pescar”, afirma.
O objetivo do apoio dado pelos empresários é abrir nove unidades do projeto nos próximos cinco anos (próprias ou em parceria com ONGs que precisem de apoio financeiro, gestão e metodologia) e formar a rede Gerando Falcões. Entretanto, o propósito é atrair novos investidores para tornar o projeto ainda maior.
Flávio Augusto, fundador da Wise Up, é investidor do projeto desde o seu início e acredita que a iniciativa de expansão é essencial para que o modelo seja replicado de forma eficiente e que traga resultados para outras comunidades brasileiras.
“O trabalho da ONG é extremamente sério e comprometido com as comunidades. Replicá-la será uma forma de dar oportunidades para outras milhares de famílias que vão ter acesso a uma iniciativa que, de fato, funciona”, declara Flávio.
O projeto para a abertura de novas unidades foi conduzido pela área de Cidadania Corporativa da Accenture do Brasil, com colaboração da consultoria especializada em franquias Cherto. Durante mais de quatro meses foram construídos, de forma pró-bono, a estratégia e os processos de expansão da ONG.
Segundo Leonardo Framil, CEO da Accenture para Brasil e América Latina, uma das principais motivações para a empresa fazer parte da inciativa foi a possibilidade de criar uma referência positiva, que pudesse inspirar outros empreendedores sociais e empresas a colaborarem na busca de melhores caminhos para o nosso país.
Edu Lyra conta que a expansão do projeto surgiu de uma provocação feita por Jorge Paulo Lemann (Kraft Heinz e Ambev) durante uma mentoria: “Encontre outros Edus”. “Jorge Paulo me provocou a sonhar grande e dar escala ao Gerando Falcões”, diz Lyra.
“O Gerando Falcões desenvolve o autoconhecimento, a autoestima, a sensibilidade para olhar o mundo de outra forma. É um projeto que cria condições para que milhares de jovens e crianças possam sonhar, acreditar em si mesmos e serem protagonistas de suas próprias histórias. Queremos agora ajudá-lo a ganhar escala e atuar para transformar o nosso país”, afirma Daniel Castanho, presidente da Ânima, um dos maiores grupos privados de educação do país.
A Gerando Falcões tem hoje mais de 20 programas em andamento, como aulas de pintura, teatro, percussão, coral, tênis, boxe, futsal para crianças e adolescentes. Além de aulas de logística, vendas, empreendedorismo, inglês e programação para jovens de periferias e favelas. Conta com mais de 40 colaboradores e é auditada pela KPMG.
Por que gerar falcões?
“Falcão é o jovem que não se limita ao pó do chão. Ele voa. E quem voa consegue enxergar tudo de cima. E quem enxerga de cima, em vez de enxergar crises, dilemas, consegue enxergar oportunidades”, diz Eduardo Lyra.
Fonte: Revista FBFE – Edição 02
Texto: Isadora Macedo
Fotos: Andressa Silva
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