10 dicas para a empresa familiar em 2017
No atual cenário econômico, o chamado “jeitinho brasileiro” ficou definitivamente sem vez na empresa familiar. Hoje, o que dá as cartas é a profissionalização de processos, aliada à transparência na gestão, tanto na empresa familiar quanto na própria família empresária.
Para a saúde e longevidade dos negócios o empreendimento não deve atrapalhar o relacionamento em família e esta não deve destruí-lo em consequência de conflitos e desentendimentos entre os membros. Seguem dez dicas especialmente selecionadas com a finalidade de melhorar a gestão de sua empresa e de sua família e assegurar que os lucros e o sucesso sejam compartilhados com aqueles que você mais ama e confia! Acompanhe:
- Evite a confusão hierárquica
Pai e mãe podem até gerir o ambiente doméstico, mas se o filho assumiu um cargo na empresa familiar, seu poder de decisão deve ser respeitado pelos pais e demais membros. É necessário evitar qualquer tipo de confusão hierárquica para impedir conflitos e que a empresa se desorganize. Os parentes, além disso, não devem interferir no trabalho dos funcionários. O fato de ser da família não dá passe livre para mandar e desmandar no negócio.
- Preocupe-se com a qualificação profissional
Empregue profissionais qualificados e, principalmente, invista na capacitação profissional dos membros da família, para que possam encarar as rotinas administrativas e superar os desafios típicos da vida empresarial. É fundamental apostar no desenvolvimento do membro familiar, do núcleo, da família e da empresa.
- Não misture vida pessoal e profissional
Jamais leve problemas de casa para o trabalho e vice versa. Eventualmente você pode ficar tentado a conversar sobre a crise financeira na hora do jantar, mas resista à tentação! Essa intromissão pode acabar deteriorando a relação familiar e também a profissional. Separe os assuntos da família dos assuntos da empresa. Tão fácil e tão difícil!
- Tome decisões em conjunto
A transparência, o compartilhamento e a colaboração devem, obrigatoriamente, fazer parte do planejamento da empresa familiar. Isso não é negociável! Desse modo, as decisões devem ser tomadas em conjunto, afinal, todos costumam ter os mesmos objetivos para o futuro do negócio. Pense assim: se a empresa ganha, todos ganham, portanto, todos precisam se engajar no planejamento e processo decisório do empreendimento.
- Deixe claras as regras de remuneração
Em se tratando de empresa, elabore plano de carreira, de cargos e de salários, determinando pré-requisitos para cada cargo.Na família, elabore o Código de Conduta Familiar e defina regras para a boa convivência. Quanto à remuneração e retiradas mensais dos membros familiares, as regras precisam ser claramente definidas para minimizar injustiças, desigualdades e até mesmo confusões geradas pelo excesso de valores.
- Adote a Governança Familiar
A Governança Familiar consiste de um conjunto de processos, políticas e costumes para administrar e alinhar a família e tem como consequência melhorar os resultados da empresa. Alinha os interesses da família com o patrimônio e a gestão dos negócios.
- Crie o Conselho de Família
O Conselho de Família-Cofa é fundamental para a Governança Familiar transcorrer sem problemas. Consiste de reuniões e fóruns periódicos entre os membros do clã, de preferência fora da empresa, para discutir assuntos que cercam a família e interferem na gestão da empresa. Trata-se de formalizar as conversas de entendimento para que, no fim, todos se sintam inclusos no processo decisório e a empresa esteja alinhada com suas metas.
- Implante a Governança Corporativa na empresa
Governança Corporativa é um sistema composto de processos, costumes, políticas, leis, regulamentos e instituições pelo qual empresas e organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo relacionamentos entre sócios, acionistas (membros familiares do clã ou não), Conselho de Administração, Diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. O papel da Governança Corporativa dentro da empresa familiar é distinguir com clareza entre propriedade, família e gestão. O Conselho de Família não deve ser confundido com o Conselho de Administração (CA). Somente no Conselho de Administração é que serão debatidos assuntos referentes à empresa e à administração do negócio.
- Desenvolva e implante o Acordo de Acionistas
O Acordo de Acionistas, na definição de especialistas, é um combinado de regras de convívio entre os sócios, com a finalidade de evitar desentendimentos. Havendo o mínimo de dois sócios em um negócio já é recomendável elaborá-lo. Para isso, o ideal é que sejam realizados vários encontros entre os membros familiares, sempre mediados por um consultor em Family Business, para se superar divergências e se chegar ao consenso. De posse do consenso, este será formalizado por um advogado sob orientação do consultor. Depois é só colocar em prática tudo o que foi combinado.
- Elabore um bom plano de sucessão
Por mais que o fundador da empresa familiar tenha o senso de inovação, seja um bom gestor e conte com o empreendedorismo correndo nas veias, isso não garante o futuro bem sucedido da empresa. Infelizmente, no Brasil, 67% das empresas familiares fecham as portas na segunda geração e 86% não sobrevivem à terceira. Para evitar que isso aconteça, é importante elaborar um bom planejamento sucessório. Conte com uma empresa especializada para te ajudar nesse processo.
Você gostou das nossas dicas? Elas serão úteis na gestão do seu negócio familiar? Compartilhe suas opiniões conosco, comente! Construa um processo sucessório sólido e maduro.
These tips can be considered as rules of thumb, and -as easy they might sound- are hard to achieve. Bringing clarity and transparency in roles, decision making and future direction is crucial to any organisation, and maybe even more crucial to family businesses. Family businesses that have a vision for the future, and have taken the necessary steps to professionalize the business, to clarify how they want to operate in all openness, and to keep the passion of the founder buzzing in the organisation, will be there for the long run. This means ‘Real Conversations’ will need to take place on a variety of topics. Well facilitated and structured, these ‘real conversations’ can diffuse sensitivity and help to allow the family to focus on what’s important: the business. This helps families also to be ‘just a family’ when they want to…