Alô Empresa Familiar! Fique ligada em 3 questões que envolvem o seu negócio
Uma empresa familiar de sucesso não se perpetua somente por laços afetivos. Para entender a vitalidade dos negócios familiares precisamos entender quais são os valores e objetivos que guiam a família, os negócios e o patrimônio. A história e a tradição marcam o empreendimento, mas não são suficientes para garantir sua longevidade e prosperidade. Em um mercado competitivo, os empresários familiares precisam se reinventar e se capacitar para alcançar o sucesso e, principalmente, mantê-lo.
Listamos aqui os 3 principais desafios de uma empresa familiar: Talentos, Conflitos e Sucessão!
Confira!
Talento
Talento: dois lados de uma mesma moeda. Herdeiros com talento e capacidade para assumir cargos executivos na empresa mas que preferem sair e trilhar o seu próprio caminho. Sim! A retenção de talentos dentro da empresa familiar, ainda é um super desafio! Membros preparados, muitas vezes desistem de trabalhar no negócio da família por falta de regras claras, fair process (processos justos) e políticas de plano de carreira, cargos e salários.
Por outro lado, membros que não possuem nem talento nem capacitação necessária para assumir tais cargos, geralmente entram na empresa por imposição da família, sucedem perante alguma tragédia, ou por usufruir de benefícios que não teriam caso estivessem no mercado de trabalho, em uma empresa na qual não fossem “donos”.
É preciso estabelecer critérios para a contratação de parentes. A competência é que deve orientar o processo seletivo da empresa. Mais do que identificar talentos na família, é preciso preparar e capacitar os membros. Mesmo que no futuro o herdeiro não participe do dia a dia da empresa, ele estará preparado para o mercado de trabalho, para ser um bom acionista ou conselheiro. Lembre-se, nunca contrate quem você não pode demitir!
Dica: terceirize esse processo.
Conflito
“Família, família, negócios à parte”. Diagnosticar, delimitar e entender que Família, Empresa e Propriedade são coisas distintas é um dos primeiros passos para evitar conflitos dentro da empresa familiar. Porém em um ambiente onde as relações afetivas são fortes e presentes, é necessário estabelecer processos e ferramentas que facilitem essas relações no ambiente familiar e empresarial.
Dica: estabeleça fluxos de comunicação nos quais todos possam falar, expor anseios, medos e ideias. O Cofa – Conselho de Família – é uma ótima iniciativa para evitar que os problemas da família influenciem no andamento da empresa. Assim todos os membros (envolvidos no dia a dia do negócio, ou não) poderão debater e participar de forma igualitária. Escolha um local neutro, fora da empresa. Temas ligados a família como educação, capacitação, plano de desenvolvimento individual, carreira, novos negócios, terceiro setor poderão ser debatidos nesses fóruns. O ideal é terceirizar um mediador para conduzir os encontros.
Sucessão
Sucessão é um processo que não acontece da noite para o dia. E tanto a empresa familiar, quanto a família empresária são responsáveis para que ela ocorra de forma sadia e com menos impactos negativos possíveis. O momento da passagem do bastão é vital para a continuidade da empresa e deve ser planejado e executado a longo prazo. Esperar o patrono falecer para decidir quem vai assumir não é uma atitude sábia.
Citamos a família como parte responsável por este movimento, pois o processo de sucessão se inicia na infância. A capacitação é pré-requisito para quem pensa em assumir o negócio da família, assim como o talento e a experiência profissional. A família precisa entender que além de estar capacitado, o sucessor tem que QUERER assumir. “Vejo muitas famílias cometendo o mesmo erro. Quando o herdeiro faz 18 anos, a mesada vira salário e ele é jogado dentro da empresa sem nenhuma qualificação ou experiência. Pior ainda quando entram direto para um cargo de gerência ou diretoria. Afinal, você conhece algum herdeiro estagiário da própria empresa?” afirma Nelson Cury Filho, idealizador do FBFE.
Em paralelo, a empresa deve ser responsável por desenvolver ferramentas e processos para a entrada do novo executivo que assumirá. Ex: políticas de cargos e salários, benefícios, plano de carreira, meritocracia, entre outros. Assim quando o membro da família estiver preparado para entrar na empresa, ele passará pelos mesmos testes de seleção que os demais executivos de fora da família e concorrerá em iguais condições.
Caso o herdeiro não queria trabalhar na empresa da família ou não esteja apto, ele estará preparado para dar continuidade a sua carreira e ainda ser um ótimo acionista, e quem sabe um futuro Conselheiro.
Na sua opinião, qual é a principal dificuldade na gestão de um negócio familiar? Deixe um comentário e conte para a gente.
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