Flavia Camanho é especialista em desenvolvimento humano e capacitação de membros familiares. Flávia foi por muitos anos diretora do Family Office da família ESA (Villela e Setubal) e hoje é sócia da Flux Desenvolvimento Humano que atua em governança familiar.
Flavia Camanho faz um trabalho singular como coach para grandes líderes e empresários como Nizan Guanaes e a digital influencerSilvia Braz. Flavia Camanho falou no evento sobre a jornada do feminino na empresa familiar. Trouxe um pouco do contexto histórico da mulher na jornada de trabalho, as crenças que acabou desenvolvendo dentro deste contexto, os papéis “invisíveis” dela na empresa familiar e os novos tempos.
“As mulheres quando viviam em tribos, não tinham um papel subordinado. Elas decidiam como manter o fogo, como cuidar das crianças e idosos, onde caçariam e por quanto tempo morariam em um determinado local. Eram elas que definiam para onde a tribo ia. Quando as pessoas vão viver em sociedade, dentro de casas fechadas, todo o trabalho da mulher, que era extremamente valioso, fica invisível” destaca Flavia Camanho.
Em 1916, chegou ao cúmulo de a mulher não ter nenhum direito. Veio o código civil que pregava que a mulher deveria ser subordinada ao pai e depois ao marido. O que fez com que as mulheres começassem a pensar que deveriam se masculinizar. Chega o momento em que a mulher, por necessidade, começa a trabalhar. Mas só em 2002 o código civil dá a elas igualdade de condições.
Por muito tempo, a mulher ficou achando que o trabalho era uma oportunidade e não uma legitimidade. Por causa disso, criou crenças. A mulher tem um resquício de uma educação que a coloca num lugar muito limitado ou pouco arrojado para o que ela é capaz.
“Por isso é proposto no dia de hoje que a mulher reescreva a sua história, mas não é fácil, pois ela ainda é muito presa às crenças limitantes. Como o elefante enorme do circo que se vê preso por uma corrente fraca para a sua força, mas que se sente de fato preso porque, quando filhote, não conseguia se libertar dela” alerta Flavia Camanho.
O importante é que, apesar das crenças limitantes, a mulher queira traçar novos caminhos e entenda que o que foi reservado para ela, serve ou não. Ela deve revisitar a sua história e se apropriar apenas do que traz valor para ela. O que não for de valor, o sonho que não for dela, devem ser descartados.
“O ideal é que a mulher faça um exercício sobre o que ela quer sonhar e entender qual é a experiência legítima que ela quer ter nesse mundo. Que lugar ela quer ocupar na família empresária e na vida” finaliza Flavia Camanho, fundadora da Flux Institute.
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