Administrando a riqueza: ter ou não ter um Family Office?
Faz sentido profissionalizar a gestão do seu patrimônio? Administrando seus ativos líquidos e imobiliários, como você administra sua empresa?
Em outras palavras, devemos estruturar um Family Office? Hoje em dia, mais e mais famílias empresárias estão se fazendo esta pergunta. Porém essa, não é uma questão tão simples de se responder. Antes de tomar essa decisão, é importante identificar a cultura e os valores da família empresária.
Outro ponto importante a se questionar é se a família está disposta a montar uma estrutura, apartada do dia a dia dos negócios, para fazer a gestão do seu patrimônio. E depois, quem irá gerir essa estrutura: existem talentos, capacitados dentro da família ou a saída é contratar um gestor externo?
É muito comum se verificar em algumas famílias empresárias, que quando montam um Family Office, simplesmente colocam uma secretária ou assistente financeira para lançar as despesas da família e controlar extratos e aplicações em planilha Excel.
Outro ponto a ser discutido: a família vai montar sua própria estrutura ou vai contar com a ajuda de terceiros, experts no assunto como Multi Family Offices ou bancos de investimentos?
Com a queda dos juros, a rentabilidade financeira dos investimentos ficou mais difícil. Se faz necessário ter uma estratégia e visão a longo prazo, além de entender se a família tem um perfil mais conservador, moderado ou agressivo para os investimentos.
Vale lembrar que Family Offices não visam apenas questões financeiras e de investimentos. Existem outros pontos importantes a serem trabalhados como a capacitação e educação dos membros familiares, criação de um fundo para fomentar o empreendedorismo, formação -ou não- do próprio instituto para causas filantrópicas, a parte fiscal e a governança da família (como por exemplo a criação do código de ética, regras de conduta e até um lugar para mediação de conflitos.
São muitas as funções e os objetivos ao se criar um Family Office: ter uma plataforma de serviços para atender a família, promover o alinhamento e a coesão entre as gerações, estimular o espírito empreendedor nas gerações futuras, formalizar o protocolo da família entre outros, por isso a importância de se ter claro qual o missão, propósito e o legado de cada família.
Famílias Empresárias precisam ter consciência do valor de se criar um planejamento familiar, com visão de longo prazo. Como a família quer estar nos seus próximos 10, 20, 30 anos? Se você ainda não pensou nisso, sugiro começar a refletir sobre a importância de administrar sua família e seu patrimônio assim como você administra sua empresa.
Nelson Cury Filho é idealizador do Family Office Summit Brazil. Quer saber mais sobre o autor? Clique aqui!
Nenhum comentário foi deixado.