Nelson Cury Filho apresenta: Sucessão Patrimonial, Longevidade e Preservação

Nelson Cury Filho, fundador do Fórum Brasileiro da Família Empresária – FBFE, consultor e especialista no desenvolvimento da família empresária apresentou no Family Business Investment 2023, os desafios que acionistas e líderes de empresas familiares enfrentam e enfrentarão em um mundo de Policrises.
“Enfrentamos mudanças cada vez mais rápidas e frequentes. Elas ocorrem sucessivamente, sem trégua, fazendo com que a longevidade das empresas familiares seja cada vez mais rara. Se olharmos os fatores que causam a mortalidade dessas organizações, 97% deles estão relacionados a questões ligadas a família proprietária. Apenas 3% estão ligados a fatores externos ao negócio: 60% a falta de comunicação e confiança na liderança da empresa, 25% a falta de capacitação e preparação inadequada dos herdeiros e 12%, a falta de um propósito comum” afirma Nelson.
Mas afinal, como quebrar essa barreira de comunicação entre gerações, manter a tradição, os valores familiares, estimular mudanças e introduzir a inovação de modo que as próximas gerações possam participar e contribuir com os negócios? O dilema da inovação transgeracional tem se mostrado um enorme desafio para a sobrevivência das empresas familiares. É preciso substituir o medo da perda do status quo pela motivação.
Para Nelson, o ciclo de vida das empresas familiares pode ser curto ou se encerrar. Já a família investidora pode transcender o negócio, aumentando seus ativos e perpetuando seu patrimônio ao longo de gerações. O que nos trouxe até aqui não vai nos levar mais longe! É preciso inovar para sobreviver! É preciso diversificar para sobreviver! É preciso preservar para sobreviver!
“Inovação + Diversificação+ Preservação = Longevidade. Para direcionar os negócios familiares é imprescindível conseguir responder às seguintes perguntas: como será nosso mercado ou segmento daqui a dez ou vinte anos? De onde viemos? Quais são nossos valores? Qual nossa visão de negócio e como iremos sobreviver?” completa Nelson.
A visão de futuro começa em revisitar o passado, a história e a identidade da família. Esse é o caminho para lidar com os desafios e criar a estratégia e os valores transgeracionais. A perenidade da empresa de origem familiar depende da forma como são enfrentadas, monitoradas e gerenciadas as transformações. O que está sendo colocado à prova é a capacidade de adaptação e a agilidade das organizações, de responder aos desafios do mundo da policrise.
A humanidade sempre foi atingida por crises. É fato. A diferença é que hoje, com a tecnologia e o mundo interconectado, as crises se espalham muito mais rapidamente e têm um alcance imensamente maior. Mas, desde 1970, o mundo vem enfrentando um desequilíbrio entre crescimento e inflação, duas variáveis estão andando em direções opostas. Estamos vivenciando uma fragmentação geoeconômica, vulnerabilidades no setor financeiro com alto endividamento e alavancagem e uma crise climática já saindo do controle.
“A verdade é que vivemos em uma década de incertezas” afirma Nelson.
O termo policrise – ou polycrisis – vem ganhando força e foi bastante citado no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, em janeiro deste ano, para descrever a conexão entre as simultâneas crises vivenciadas pela humanidade:
-
Crise econômica e do sistema financeiro
-
Crise alimentar& climática
-
Crise sanitária
-
Crise geopolítica & refugiados
-
Crise no custo de vida
Nenhum comentário foi deixado.