Durante o evento FBFE Mulher 2025, realizado pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária – FBFE, que reuniu mulheres que estão a frente de suas empresas e famílias, o especialista em Family Business Nelson Cury Filho trouxe um panorama poderoso e urgente: estamos vivendo a maior transferência de riqueza da história, e ela tem endereço certo. Segundo Nelson Cury Filho, até 2030, cerca de 34 trilhões de dólares serão transferidos para as mãos das mulheres em todo o mundo. O número crescerá ainda mais até 2050, quando se estima que 70% do patrimônio mundial estará sob liderança feminina.
Essa transformação se dá por uma conjunção de fatores: maior longevidade das mulheres, aumento do número de investidoras, avanço em cargos de liderança e participação ativa nas decisões de consumo e investimento. Só no Brasil, 40% das famílias já são chefiadas por mulheres e 90% das decisões financeiras passam por elas. “É uma mudança de paradigma que impacta diretamente a economia global e o futuro das empresas familiares”, afirmou Nelson.
Apesar dos avanços, ele destacou que ainda há um longo caminho pela frente: as mulheres ainda detêm apenas 74% da riqueza dos homens, têm menor acesso a crédito, ocupam apenas 33% do controle acionário das empresas brasileiras, Cury Filho afirma que as mulheres ainda ganham 20% a menos que os homens em cargos de liderança.
Nelson Cury defende que a equidade patrimonial e de liderança geraria não apenas justiça social, mas impacto econômico direto: 28 trilhões de dólares a mais circulando na economia.
Outro ponto relevante destacado no FBFE Mulher 2025, foi o perfil diferenciado da mulher investidora: mais cautelosa, menos disposta ao risco e com decisões mais alinhadas ao propósito, sustentabilidade e impacto social. Com mais mulheres no controle de ativos, o terceiro setor tende a crescer, impulsionado por um tipo de filantropia mais empática e comprometida com causas reais.
Cury finalizou com uma mensagem inspiradora e realista: “O futuro das empresas familiares será cada vez mais feminino, não apenas porque as mulheres vivem mais, mas porque estão mais preparadas, mais presentes e mais protagonistas do que nunca.”
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