É difícil contar a história recente da construção civil no Brasil sem esbarrar no nome de Márcio Moraes. Fundador da RFM em 1979, com um sócio e uma garagem como sede, ele construiu mais de 3 milhões de metros quadrados e segue à frente de projetos que misturam visão urbana, hospitalidade de alto padrão e identidade familiar.
Durante sua participação no FBFE Mulher 2025, Márcio fez o que parecia impossível: transformar números, obras e estruturas físicas em emoção e memória afetiva. Ao contar sua trajetória, costurou o passado da cidade de São Paulo com o presente da RFM e os planos de um futuro que ele ainda insiste em desenhar com as próprias mãos.
Daniela Lupo trouxe a história centenária da Lupo, empresa que há mais de 104 anos veste o corpo e os pés dos brasileiros, para refletir sobre o papel das mulheres na construção de negócios e no fortalecimento de valores que atravessam gerações. Para ela, mais do que dirigir uma companhia, é preciso tecer, todos os dias, o fio do tempo que conecta passado, presente e futuro.
Sua fala lembrando a trajetória de seu bisavô, Henrique Lupo, que chegou ao Brasil em 1888, com apenas 12 anos, em um dia histórico: o da assinatura da Lei Áurea. Vindo de uma família de relojoeiros, ele trouxe consigo a disciplina do ofício e a capacidade de reinvenção. Ao contar episódios de coragem, como o período em que, ainda jovem, saía de bicicleta à noite para consertar relógios e sustentar os irmãos.
Fernanda Jubran, com uma fala sincera, afetiva e carregada de vivência, emocionou o público do FBFE Mulher 2025 ao transformar sua própria história em uma aula prática sobre a urgência da governança nas empresas familiares.
Com uma carreira construída entre grandes grupos familiares e escritórios de advocacia, Fernanda Jubran decidiu sair da vida executiva após o nascimento do filho para ser dona do próprio tempo e viver com mais propósito. Hoje, além de atuar como diretora jurídica de diversos Family Offices, ela preside a Federação Paulista de Pickleball e o Instituto Pickleball Transforma, no qual o esporte é a ferramenta de educação e transformação social.
Álvaro Schocair palestrou no FBFE Mulher 2025 sobre uma mudança silenciosa, mas irreversível, no mundo dos negócios. Uma mudança que atravessa o modelo mental de líderes, conselheiros e herdeiros de empresas familiares. Fundador da Link School of Business, Álvaro trouxe à tona um novo tipo de protagonismo: aquele que não é herança, é escolha.
Com uma visão que une filosofia, comportamento e estratégia, ele provocou o público a olhar para além do “business as usual”. Para ele, o capital emocional da nova geração é tão importante quanto o financeiro. E o senso de propósito é o novo MBA silencioso dos jovens líderes.
Geyze Diniz, viúva do empresário Abilio Diniz, atuou por anos à frente da área de responsabilidade social do Grupo Pão de Açúcar, criou e lidera o Comitê de Sustentabilidade do Península Participações e é idealizadora da plataforma social Comida Invisível, que já resgatou mais de 700 toneladas de alimentos e alimentou mais de 1 milhão de pessoas.
Mas, mais do que os números, Geyze fala com paixão de quem se compromete com a dor do outro. Foi da vivência, não da teoria, que nasceu o ativismo de Geyze. E foi com a força de quem já viu de perto o sofrimento que ela subiu ao palco do FBFE Mulher 2025 para fazer um chamado que ninguém na plateia conseguiu ignorar.
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