7 dicas para uma transição segura e eficiente
Uma estatística sombria ronda as empresas familiares: somente 46% da segunda geração mantêm o negócio. Já na terceira geração, o percentual cai para 26% e, na quarta, apenas 6% das empresas sobrevivem. Os números mostram que planejar um processo de sucessão é vital para a continuidade das empresa— e do seu legado. Confira 7 passos que podem auxiliar na hora de realizar uma transição segura e eficiente.
1 – O fundador deve conduzir o processo
O fundador da empresa é a pessoa mais indicada para elaborar e conduzir os processos de sucessão e ele deve fazer isso alguns anos antes da transição. Certamente, é ele quem conhece melhor os valores da empresa e as bases de sua construção, por isso é a figura que deve encabeçar o projeto e de preferência convocar especialistas terceirizados para definir características fundamentais para a vaga e identificar possíveis sucessores.
2 – Estabeleça critérios objetivos
Imagine uma empresa com dezenas de candidatos concorrendo a uma vaga. Agora imagine que eles são seus primos, tios ou irmãos. E o pior…quem vai decidir será o seu pai ou talvez o seu avô. E agora? Como lidar com tanta tensão, medo e expectativas? Por esse motivos, os critérios e pré-requisitos para a sucessão devem ser objetivos para deixar claro essa escolha. Para criá-los, deve-se pensar no que é importante para a continuidade da empresa e da família, por exemplo: ter pós-graduação ou MBA, domínio de língua estrangeira, experiência profissional, vivência empresarial fora da empresa da família, ser da família ou não, entre outros. É importante registrar também o critério usado para o presidente atual deixar o cargo — a idade é um deles.
3 – Oficialize o documento de transição
Todo o processo deve ser documentado e registrado de forma oficial. Os critérios devem ser apresentados para toda a família e para o Conselho de Administração e para o Conselho de Família, de forma a ser discutido e compreendido, e para que todos tomem conhecimento dos passos que devem ser seguidos para se chegar à presidência e diretoria da empresa.
4 – Reforce os valores da empresa
Para que a transição tenha sucesso, a cultura e os valores da empresa devem ficar bem claros para a família e também para todo o grupo de colaboradores, fazendo com que sejam perpetuados ao longo dos anos e gerações. Esses valores devem ser registrados como a missão e a visão da instituição, devem ser trabalhados diariamente na família, desde o nascimento de um novo membro, e devem permear todas as ações da empresa e da família.
5 – Tenha um Conselho de Administração atuante
As empresas que optam por ter um Conselho de Administração têm mais sucesso na condução do processo sucessório. Esse conselho pode ser formado por membros da família, sócios, acionistas e conselheiros externos. Essa visão traz mais pluralidade e fluidez para as tomadas de decisões.
6 – Tenha um Conselho de Família alinhado
As famílias que desenvolvem o COFA (Conselho de Família) trabalham as decisões estratégicas mais facilmente. Os encontros destinados a discutir os temas da família e o futuro dos negócios proporcionam situações onde os membros podem encarar as conversas difíceis como medos, anseios e expectativas e tendem a não levar assuntos pessoais para dentro da empresa. Com uma família alinhada, com todos os membros conscientes dos valores e do rumo da empresa, o processo de sucessão fica mais leve, prático e objetivo.
7 – Busque assessoria especializada
A maioria das empresas têm dificuldade em organizar o processo da transição. O ideal é que o fundador escolha uma empresa, profissional ou consultoria especializada que encaram essas mudanças com destreza, imparcialidade e habilidade, conduzindo as discussões e atritos de forma leve e objetiva e ajudando a recolocar no mercado herdeiros que não farão parte da administração da empresa ou ainda transformando-os em excelentes acionistas.
Ainda tem dúvidas sobre a transição de gestão em empresas familiares? Entre em contato com a gente ou deixe um comentário!
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