Alexandre Bossi fala sobre o SOS Pantanal

Criado em 2009, o Instituto SOS Pantanal é uma instituição sem fins lucrativos que atua pela conservação e desenvolvimento sustentável da região do Pantanal.
“Somos um time competente e apaixonado pelo Pantanal. Temos boas diretrizes para os nossos projetos e estamos fazendo acontecer”, disse o presidente do Instituto, Alexandre Bossi, durante palestra no Family Office Summit Brazil, realizado dia 21 de novembro, no Hotel Emiliano, em São Paulo.
Alexandre Bossi trouxe para a edição 2022 do evento uma apresentação mostrando o trabalho desenvolvido pelas famílias em ações diretas de preservação do meio ambiente, responsabilidade social e governança (ESG). A história do SOS Pantanal começou com a família Klabin, também fundadora do SOS Mata Atlântica.
“O Pantanal é o menor dos seis biomas brasileiros e, proporcionalmente à área original, é o mais preservado”, pontuou Alexandre Bossi. Para ele, dois fatores primordiais para explicar essa estatística são o respeito dos fazendeiros pantaneiros pelo bioma e os ciclos de cheia que, naturalmente, limitam o quanto se pode investir em lavouras e rebanhos: “se investir e construir além da medida certa, a cheia vai destruir tudo em pouco tempo”.
Todavia, a sequência de três estações de secas severas (2020, 2021 e 2022) evidenciou a necessidade de esforços para prevenção de incêndios florestais e a posterior recuperação de áreas atingidas.
“Ao contrário do que ocorre em outros biomas, incêndios no Pantanal causam prejuízos para os fazendeiros. Encontrar meios para proteger a natureza, plantações e rebanhos estreitou a cooperação de muitas famílias de fazendeiros com o Instituto”, explicou Alexandre Bossi.
Após a proliferação recorde de queimadas em 2020, grupos no aplicativo WhatsApp foram criados para reunir produtores do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e promover a troca de informações sobre queimadas iminentes ou em curso. Os grupos são coordenados por equipes do SOS Pantanal que podem despachar brigadas de incêndio.
“Além disso, treinamos brigadistas em contato com equipes de combate a incêndios florestais em Portugal e os resultados na prevenção de grandes queimadas começam a aparecer”, contou.
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