Você sabe como planejar a sucessão da sua empresa?
A sucessão não é uma opção para as empresas, em especial para as familiares. Ela ocorrerá você querendo ou não. Depende de você como isso será feito, de forma planejada e organizada, tranquilizando a família e tornando as relações mais leves, ou simplesmente esperar e ver no que vai dar.
O tempo passa para todos, e com ele surgem duas opções: vender o negócio ou preparar os sucessores, podendo ser da família ou não. Caso a sua opção seja não vender o negócio, é fundamental preparar as próximas gerações para que assumam a empresa, participando do dia a dia da gestão ou ainda como acionistas ou conselheiros.
Precisa ficar claro que o processo de sucessão é longo e trabalhoso podendo levar até 10 anos, e algumas etapas devem ser cumpridas com especial dedicação, a fim de garantir uma evolução sólida e segura.
Participação do Conselho de Administração
O Conselho de Administração normalmente é composto por familiares e acionistas. É um mecanismo interessante e deve ter participação ativa na definição de estratégias, políticas, regras, ações, prestação de contas e resultados, favorecendo a transparência da gestão corporativa da empresa familiar. Essa possibilidade de participação dos envolvidos colabora para minimizar conflitos que podem causar imensos danos ao negócio. Por isso, é fundamental contar com a integração do Conselho na elaboração do plano de sucessão da empresa.
O perfil do cargo e da empresa
É fundamental que os sucessores tenham o perfil profissional adequado para o cargo e para a empresa. Somente dessa forma é possível garantir uma administração competente e efetiva — e esse deve ser o ponto de partida para a decisão dos nomes. Análises de perfil podem ser feitas através de consultorias, que, com a correta avaliação das competências daquele profissional, podem sugerir ferramentas para aprimoramento, como o coaching de carreira, por exemplo.
Preparação dos sucessores
Após a definição dos sucessores, é necessário investir na preparação desses profissionais, considerando desde cursos de especialização e atualização relacionados ao negócio até o desenvolvimento de habilidades comportamentais, como liderança, equilíbrio emocional, comunicação assertiva, capacidade de persuasão e negociação. Além disso, é importante que o sucessor vivencie a rotina de decisões, comum ao cargo que assumirá. Ou seja, o aprendizado deve vir com a experiência e com o aumento gradual de responsabilidades.
Não temos sucessores, e agora?
Quando os herdeiros não têm interesse em assumir ou não estão preparados, uma alternativa é a contratação de executivos de fora da família. Porém, é importante manter o Conselho Administrativo como parte ativa da empresa, atuando na definição de estratégias e, principalmente, na estruturação de um sistema de Governança Corporativa, que estabelecerá condutas, limites e metas para os gestores contratados, além de manter e fortalecer a cultura e os valores da empresa.
Herdeiros acionistas e membros do Conselho
Herdeiros que não fazem parte do plano de sucessão ou mesmo os que não atuem diretamente na empresa podem ser acionistas e membros do Conselho Administrativo. Dessa forma, asseguram sua participação no negócio, em alguns casos, com direito a voto nas principais decisões. Assim, são respeitadas também as expectativas e interesses pessoais de cada um, favorecendo a harmonia familiar e corporativa.
Já está pensando em estruturar um processo de sucessão na sua empresa? Ainda tem dúvidas sobre isso? Continue acompanhando nosso blog para manter-se informado sobre o universo do Family Business!
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