Rise Ventures: por que as famílias estão investindo em impacto
Nome de destaque pela maneira como agrega e conjuga retorno financeiro atrativo com impacto socioambiental positivo, Pedro Vilela da Rise Ventures, trouxe para o Family Business Investment Summit 2023, promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE), no dia 26/6, em São Paulo, um relato de como esse nicho de investimentos tem métricas concretas e mensuráveis.
A Rise Ventures já investiu em 6 das 8 empresas presentes em seu portfólio, que é notavelmente diversificado, entregando crescimento de 53,3% nos últimos dois anos. “O ecossistema de investimentos de impacto socioambiental é relativamente novo, mas vem crescendo significativamente no país e em todo o mundo”, pontuou.
Antes de explorar os motivos e as formas de investir em impacto, ele compartilhou distinções simples e rápidas entre o investimento de impacto e o conceito de ESG (Ambiental, Social e Governança).
“Um investimento de impacto é aquele que contribui diretamente para solução de uma causa social ou ambiental. O core business da empresa é promover, através dos produtos por ela vendidos ou serviços por ela prestados, a preservação/regeneração do meio ambiente ou a inclusão social de pessoas de baixa renda na base da pirâmide social em questões básicas, que geralmente estão relacionadas à dignidade humana”, explicou Pedro Vilela da Rise Ventures.
Temas como moradia, educação, saúde, crédito, conectividade e empregabilidade são considerados essenciais, pois a falta desses elementos pode afetar drasticamente a vida das pessoas e de suas famílias. Além disso, questões relacionadas à emergência climática, como energia renovável, resíduos sólidos urbanos, tratamento de água, economia circular e produtos sustentáveis, também são endereçados no contexto do investimento de impacto. Pedro Vilela também ressaltou que o investimento de impacto não é filantropia.
“O que buscamos são oportunidades que ofereçam retorno financeiro atrativo e, ao mesmo tempo, gerem impacto positivo nessas métricas bem identificadas. Todavia, há diferentes níveis de investimento de impacto, desde aqueles em que o retorno financeiro não precisa ser sacrificado para maximizar o impacto, até formas mais próximas da filantropia”, afirma Pedro Vilela da Rise Ventures.
Pedro Vilela procurou deixar evidente que há uma distinção entre os investimentos de impacto e o conceito de ESG – agregador de valores relacionados às práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa.
“A crescente importância desse tema é inegável, sendo considerado cada vez mais como uma ‘higiene básica’ no mundo dos negócios. Atualmente, não é possível falar de uma empresa sem abordar questões de governança, além das dimensões ambiental e social”, afirmou.
Pedro Vilela destacou que a pegada de carbono é um dos aspectos ambientais a serem considerados, assim como a inclusão social dos colaboradores, redução das diferenças salariais, promoção da diversidade de gênero em cargos de liderança e outras questões sociais relevantes.
“O investimento de impacto está ligado à dignidade humana, empatia e até ao senso de integração. É um meio eficiente de desenvolver o país por esse lado, mas também é um mercado que, se bem trabalhado, traz excelentes oportunidades à mesa”, concluiu.
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