Álvaro Schocair palestrou no FBFE Mulher 2025 sobre uma mudança silenciosa, mas irreversível, no mundo dos negócios. Uma mudança que atravessa o modelo mental de líderes, conselheiros e herdeiros de empresas familiares. Fundador da Link School of Business, Álvaro trouxe à tona um novo tipo de protagonismo: aquele que não é herança, é escolha.
Com uma visão que une filosofia, comportamento e estratégia, ele provocou o público a olhar para além do “business as usual”. Para ele, o capital emocional da nova geração é tão importante quanto o financeiro. E o senso de propósito é o novo MBA silencioso dos jovens líderes.
“A sucessão, hoje, não é sobre preparar o filho para assumir. É sobre preparar o filho para encontrar sentido na vida”, afirmou.
A Link Business School é uma instituição de ensino superior focada em oferecer uma educação inovadora e prática na área de negócios, com o objetivo de formar líderes preparados para os desafios do mercado global. Com uma abordagem que combina teoria de ponta, vivência empresarial e uma forte conexão com o mundo corporativo, a escola busca proporcionar aos seus alunos uma formação alinhada às demandas contemporâneas de gestão, empreendedorismo e transformação digital.
Álvaro Schocair criticou o modelo educacional tradicional, que prepara executivos, mas não forma donos, e compartilhou os quatro pilares que devem guiar a nova educação: transmissão de conhecimento, ordenação, aplicação e objetivação.
“Ensinar não é jogar conteúdo. É ajudar alguém a fazer sentido da própria trajetória.”
Álvaro também questionou no evento, a rigidez de estruturas que perpetuam fórmulas ultrapassadas. Segundo ele, o grande desafio das famílias empresárias não está no planejamento patrimonial, mas na construção de narrativas familiares que façam sentido para as próximas gerações. Ele defendeu que sucessão não se trata apenas de nomear quem vai sentar na cadeira, mas de entender quem quer, e pode, ocupar esse lugar de forma autêntica.
Ao abordar o papel das mulheres nesse cenário, foi direto: a sensibilidade, a escuta e o senso de comunidade, tradicionalmente vistos como “soft skills”, agora são poder. Álvaro reforçou que esses atributos não são concessões do sistema, são o novo sistema.
Com a calma de quem já transformou a própria trajetória e a clareza de quem observa o futuro por dentro, ele finalizou: “Eu acredito que a sucessão do futuro vai ser feita por quem tiver coragem de sentir.”
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