Sabrina Lawder, consultora tributária, trouxe à tona no palco do FBFE Mulher 2025, um dos temas mais relevantes, e infelizmente, ainda pouco debatidos com profundidade: o impacto da liderança feminina nas empresas familiares e o que ainda nos impede de alcançar a tão sonhada equidade.
A palestra se concentrou na pesquisa Women in Business 2025, realizada pela Grant Thornton há mais de 21 anos em diversos países.
Sabrina revelou dados que vão muito além da teoria: mulheres na liderança aumentam a inovação, melhoram a tomada de decisão e elevam o desempenho financeiro das organizações. No entanto, o crescimento da presença feminina nesses cargos ainda avança em ritmo preocupantemente lento, e, se nada mudar, a paridade de gênero plena só será alcançada em 2051.
Segundo a especialista, o papel da mulher não é apenas ocupar cargos, mas mudar culturas, transformar a cadeia de valor, inspirar gerações. “Liderar não é sobre gênero, é sobre impacto”, afirmou Sabrina Lawder. O Brasil, apesar de liderar estatísticas de liderança feminina na América do Sul, ainda enfrenta retrocessos: o percentual de mulheres em cargos de liderança caiu de 42% em 2007 para 36% hoje.
Outro ponto de destaque foi o chamado “pink tax”, a diferença de preços e tributos sobre produtos voltados para o público feminino. Sabrina explicou como a desigualdade tributária atinge diretamente as mulheres, e compartilhou um marco: a recente conquista de isenção tributária para alguns produtos femininos, graças à mobilização de mulheres tributaristas.
“A mudança real só acontece quando deixamos de esperar políticas públicas e passamos a pressionar os nossos próprios parceiros e fornecedores por ações concretas.” completa Sabrina Lawder.
Para Lawder, o futuro não pode esperar mais 25 anos. O tempo da transformação é agora, e ele começa na liderança que escolhe agir.
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