É difícil contar a história recente da construção civil no Brasil sem esbarrar no nome de Márcio Moraes. Fundador da RFM em 1979, com um sócio e uma garagem como sede, ele construiu mais de 3 milhões de metros quadrados e segue à frente de projetos que misturam visão urbana, hospitalidade de alto padrão e identidade familiar.
Durante sua participação no FBFE Mulher 2025, Márcio fez o que parecia impossível: transformar números, obras e estruturas físicas em emoção e memória afetiva. Ao contar sua trajetória, costurou o passado da cidade de São Paulo com o presente da RFM e os planos de um futuro que ele ainda insiste em desenhar com as próprias mãos.
“O que me puxou para esse projeto foi a história. Meus pais moravam neste terreno onde estamos hoje. Eu estudei do outro lado da avenida. Estou voltando para onde tudo começou”, disse, ao falar sobre o empreendimento Faena São Paulo, em Pinheiros, que promete transformar toda a região do Largo da Batata.
O Faena São Paulo é um ambicioso empreendimento de luxo que marca a expansão da renomada marca Faena à América do Sul, trazendo sua fusão única de arte, hospitalidade e lifestyle para a capital paulista. O projeto promete ser um marco arquitetônico e cultural da cidade. Com hotel, residências, espaços culturais e gastronômicos integrados, o Faena São Paulo se posiciona como um destino urbano sofisticado
Márcio revisitou décadas de empreendedorismo, desde as primeiras casas feitas sob medida com grandes arquitetos paulistanos até o ousado hotel Txai, em Itacaré, o que ilustra bem seu estilo de criar: misturar ousadia com execução minuciosa, sempre com um olho no risco e outro na oportunidade.
Seus empreendimentos mais recentes, como a sala VIP do Bradesco em Congonhas, os lançamentos com a JHSF ou os projetos em sociedade com a Even, são frutos de um empreendedor que se recusa a parar. Aos 66 anos, Márcio afirma para o publico do FBFE Mulher 2025, que ainda está montando novos negócios, mesmo com os filhos já trilhando seus próprios caminhos.
“Os dois primeiros não quiseram saber da empresa. A Fernanda foi pra arte, o outro fez cinema. Sobrou o mais novo, que virou engenheiro e hoje toca a RFM. Mas eu ainda estou aqui. E vou continuar por muito tempo.”
Sem romantizar o empreendedorismo, Márcio Moraes foi direto: “O Brasil te dá rasteiras. Tem negócio que não deu certo. Tem tropeço. Mas, se a gente acerta mais do que erra, vale a pena.” O que ele parece querer deixar para os filhos, e para todos que estavam na plateia, não é apenas uma empresa, é uma forma de olhar para o mundo. Com coragem, com história, com propósito.
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