Para Schrage, nos últimos meses, muitas empresas passaram a se preocupar em como fazer para que as pessoas sejam mais inovadoras, quando, na verdade, a questão mais importante é como fazer com que a inovação crie mais valor para as pessoas.
Michael Schrage, professor e pesquisador de Economia Digital da Sloan School of Management do Massachusetts Institute of Technology (MIT), acredita que não basta dispor de ferramentas e tecnologias inovadoras, precisamos melhorar as competências e a criatividade das pessoas.
Procurado por empresas de diferentes países e portes interessadas em receber orientações sobre como se adequar às limitações impostas pela pandemia da covid-19, o professor e pesquisador de Economia Digital da Sloan School of Management do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Michael Schrage percebeu que o foco deveria ser outro.
Para o CEO da Qura, editora da prestigiada revista MIT Sloan Review no Brasil, Pedro Nascimento, o País precisa abandonar a crença de que tudo se transforma em commodity.
A história dos negócios mostra que produtos considerados commodities podem ser plataformas para a inovação. “No longo prazo, tudo vira torradeira.” Citando a frase do economista e professor da Columbia Business School Bruce Greenwald, o CEO da Qura, editora da prestigiada revista MIT Sloan Review no Brasil, Pedro Nascimento, iniciou sua apresentação no terceiro dia do Family Business Innovation, evento promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE) .
Mas ele deixou claro que a afirmação não é verdadeira quando há inovação. A própria história dos negócios mostra que produtos definidos como commodities muitas vezes se tornam plataformas para a inovação.
Janine Rodrigues, escritora, educadora e fundadora da Piraporiando, reforçou a importância da educação antirracista, antibullying e sem preconceitos, para que todas as crianças tenham a oportunidade de conhecer as próprias histórias e pensar no que desejam ressignificar.
Todas as crianças precisam ter a oportunidade de viver experiências, conhecer culturas diversas e entender o quanto a sociedade é plural, afirma Janine Rodrigues, escritora e educadora, que participou do segundo dia do evento Family Business Innovation 2020, promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE). Ela fundou em 2015 a editora Piraporiando, startup que vem revolucionando o mercado da educação no Brasil, com abordagem antirracista, antibullying e sem preconceitos.
Para Janine, uma educação com foco em diversidade emancipará o indivíduo, que irá crescer e gerar bons frutos para a sociedade. “Já passamos por escolas em mais de 22 estados. É impressionante a riqueza deste País, a capacidade intelectual das crianças e o quanto de conteúdo podemos oferecer para melhorar a sociedade”, disse a empreendedora, referindo-se ao potencial de trabalho da Piraporiando, que está sediada na Civi-co.
AD Junior, influenciador digital e head de marketing da Trace Brasil, apresentou a multiplataforma voltada para o público afro-brasileiro, cujo objetivo é empoderar as pessoas por meio do audiovisual, além de mudar paradigmas e trazer cada vez mais o lugar de equanimidade.
O Brasil possui a maior população negra fora do continente africano devido, é claro, à maior e mais longeva história de escravização recente da humanidade. Em vez de voltar a este episódio, a Trace Brasil, plataforma de entretenimento voltada ao público afro-brasileiro, propõe uma nova abordagem, sobre o que podemos fazer daqui para frente.
“Temos 132 anos de pós-escravidão e, pela primeira vez, vemos brancos brasileiros querendo participar das discussões sobre racismo. É uma oportunidade”, frisou AD Junior, influenciador digital e head de marketing da Trace Brasil, durante o segundo dia de apresentações do Family Business Innovation 2020, evento promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE).
Paulo Rogerio Nunes, publicitário e co-fundador da aceleradora de impacto social Vale do Dendê, destacou que o Brasil pode ser diferente se incluir a diversidade na economia.
Em operação desde o final de 2016, a Vale do Dendê de Paulo Rogerio, estimula a formação de polo de inovação e criatividade em Salvador, por meio de aceleração de startups, que são selecionadas levando em conta critérios de inovação, impacto social e diversidade, como o Traz Favela – Delivery sem Preconceito, que apoia empreendedores em bairros periféricos, situados em áreas consideradas de risco.
Paulo Rogerio ressaltou a necessidade de se criar uma força-tarefa com um olhar diferente para a comunidade afro-brasileira, que quer deixar de ser apenas consumidora para se tornar também produtora de riquezas. “O mercado afro-brasileiro foi por muito tempo ignorado por marcas e empresas, mas hoje se configura como opção viável de investimentos, com o diferencial de ter o impacto social no DNA, com alto grau de compartilhamento de recursos”.