A incorporação dos aspectos ambientais, sociais e de governança (environment, social andgovernance, ESG na sigla em inglês) na alocação de recursos e o investimento de impacto foram o tema da palestra de Vitor Ohtsuki, head da área de Private Banking do Banco Santander, no terceiro dia do Family Business Innovation, evento promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE) que este ano foi digital.
Nos últimos anos, cada vez mais empresas e investidores vêm considerando aspectos ambientais, sociais e de governança em suas decisões de alocação de recursos. De acordo com Vitor Ohtsuki, head do Santander Private Banking, no mundo já há US$ 30 trilhões cuja alocação foi baseada em critérios ESG .
Esses aspectos de sustentabilidade são especialmente valorizados pelas novas gerações, que vêem na agenda ESG um propósito para os negócios.Ohtsuki destacou que além da atração de investimentos, a melhora nesses indicadores de sustentabilidade traz benefícios financeiros às organizações, como a redução de juros em financiamentos.Continue lendo
Para Schrage, nos últimos meses, muitas empresas passaram a se preocupar em como fazer para que as pessoas sejam mais inovadoras, quando, na verdade, a questão mais importante é como fazer com que a inovação crie mais valor para as pessoas.
Michael Schrage, professor e pesquisador de Economia Digital da Sloan School of Management do Massachusetts Institute of Technology (MIT), acredita que não basta dispor de ferramentas e tecnologias inovadoras, precisamos melhorar as competências e a criatividade das pessoas.
Procurado por empresas de diferentes países e portes interessadas em receber orientações sobre como se adequar às limitações impostas pela pandemia da covid-19, o professor e pesquisador de Economia Digital da Sloan School of Management do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Michael Schrage percebeu que o foco deveria ser outro.
Para o CEO da Qura, editora da prestigiada revista MIT Sloan Review no Brasil, Pedro Nascimento, o País precisa abandonar a crença de que tudo se transforma em commodity.
A história dos negócios mostra que produtos considerados commodities podem ser plataformas para a inovação. “No longo prazo, tudo vira torradeira.” Citando a frase do economista e professor da Columbia Business School Bruce Greenwald, o CEO da Qura, editora da prestigiada revista MIT Sloan Review no Brasil, Pedro Nascimento, iniciou sua apresentação no terceiro dia do Family Business Innovation, evento promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE) .
Mas ele deixou claro que a afirmação não é verdadeira quando há inovação. A própria história dos negócios mostra que produtos definidos como commodities muitas vezes se tornam plataformas para a inovação.
Patricia Villela Marino , presidente do Instituto Humanitas360 (H360), entidade que trabalha em diversos países das Américas para diminuir a violência e melhorar a qualidade de vida da população, falou durante o segundo dia do evento Family Business Innovation sobre as ações de reintegração social com presidiários desenvolvidas pela organização filantrópica.
“Nosso sistema penitenciário é a nossa senzala de séculos atrás. Os vários séculos de escravidão e poucos de liberdade ainda não foram suficientes para fazer a transição daqueles que estavam segregados naquele momento para os que estão segregados neste momento.” A afirmação é da empresária e empreendedora Patricia Villela Marino, presidente do Instituto Humanitas360 (H360), entidade com atuação em diversos países e que no Brasil desenvolve um trabalho de reinserção social com presidiários para que não retornem à criminalidade.
Existe no País, disse, uma subclasse, uma sociedade quase de castas, resultado de um enorme problema de segregação racial e da falta de educação e de políticas públicas para oferecer uma rede de proteção para as pessoas que saíram de um sistema de transição e de submissão. É essa subclasse que é encontrada no sistema penitenciário brasileiro.Segundo ela, 60% das quase 800 mil pessoas presas são negras ou pardas.
Janine Rodrigues, escritora, educadora e fundadora da Piraporiando, reforçou a importância da educação antirracista, antibullying e sem preconceitos, para que todas as crianças tenham a oportunidade de conhecer as próprias histórias e pensar no que desejam ressignificar.
Todas as crianças precisam ter a oportunidade de viver experiências, conhecer culturas diversas e entender o quanto a sociedade é plural, afirma Janine Rodrigues, escritora e educadora, que participou do segundo dia do evento Family Business Innovation 2020, promovido pelo Fórum Brasileiro da Família Empresária (FBFE). Ela fundou em 2015 a editora Piraporiando, startup que vem revolucionando o mercado da educação no Brasil, com abordagem antirracista, antibullying e sem preconceitos.
Para Janine, uma educação com foco em diversidade emancipará o indivíduo, que irá crescer e gerar bons frutos para a sociedade. “Já passamos por escolas em mais de 22 estados. É impressionante a riqueza deste País, a capacidade intelectual das crianças e o quanto de conteúdo podemos oferecer para melhorar a sociedade”, disse a empreendedora, referindo-se ao potencial de trabalho da Piraporiando, que está sediada na Civi-co.