Um grupo não se fortalece pela aparente ausência de conflitos, mas pela forma como os administra.
O complexo relacionamento societário e familiar está sujeito a possíveis divergências – como qualquer outra sociedade. Além do relacionamento entre sócios, que já é delicado por si só, o relacionamento familiar torna as divergências ainda mais intrincadas por tratar de disputas de poder e interesses financeiros de pessoas que também têm um vínculo sanguíneo entre si.
Com o tempo, os conflitos surgirão, e serão inevitáveis. Devemos estar atentos para administrá-los da melhor forma possível ou mesmo tentar antecipar soluções para futuras discordâncias. Nesse sentido, o acordo de acionistas teria como principal objetivo a mediação de conflitos e a antecipação de uma discussão – medida que visa a minimizar os efeitos de um eventual conflito. No entanto, é impossível prever todas as possibilidades de problemas em um acordo de acionistas. Desse modo, devem existir mecanismos para evitar o risco de macular o relacionamento das pessoas.