Family Offices no Mundo
No Family Office Summit Brazil 2019, Nelson Cury Filho, especialista no desenvolvimento da família empresária, fundador do FBFE e idealizador do evento, apresentou uma pesquisa com dados recentes sobre o mercado de Family Offices no Brasil e no Mundo. Estima-se que U$ 5,9 trilhões de dólares são administradas por Family Offices e que a fortuna dessas famílias ultrapasse U$9 trilhões de dólares.
Em 2008 estimava-se a existência de 1mil Single Family Offices no mundo e em menos de uma década, o número cresceu para mais de 10 mil. Family Offices estão se tornando cada vez mais sofisticados e engajados. Com a chegada das novas gerações aos negócios, investimentos com visão de longo prazo são uma tendência de mercado. Assim como financiamentos de startups, compra de ativos estressados e co-investimentos com outras famílias.
Para os millennials, apenas lucrar não faz mais sentido. Essa nova geração está atenta ao crescimento das desigualdades socioeconômicas, as mudanças climáticas e ao impacto que seus negócios geram na sociedade. Uma geração que herdará nas próximas décadas cerca de US$ 30 trilhões de dólares e como consequência, terá uma grande responsabilidade social e poder de mudança
É crescente o número de famílias que buscam investimentos de alto impacto social e sustentáveis. Uma forma de alinhar propósito ao lucro, vide que ano passado, 85% dos investimentos feitos em iniciativas sustentáveis e de alto impacto social, superaram as expectativas de seus investidores.
“Precisamos questionar se os investimentos estão alinhados com o propósito da família e o que estamos fazendo com esse dinheiro.” (Nelson Cury Filho)
Segundo pesquisa realizada pelo banco de investimento UBS e Campden Wealth, mais da metade dos Family Offices (55%) entrevistados acreditam que em 2020 o mundo enfrentará uma recessão econômica. Fatores como briga comercial entre EUA e China, Brexit, o impacto da inteligência artificial (AI) nos negócios, criptomoeda e blockchain, vão influenciar diretamente na economia.
É preciso um olhar mais atento a questões como a capacitação dos membros familiares e ao desenvolvimento das futuras gerações, ao planejamento sucessório, a segurança de dados e a diversificação no portfólio de investimentos. Além do alinhamento da família e a deterioração das relações entre os membros que podem afetar diretamente aos rendimentos dos Family Offices.
“Aprender como lidar com o dinheiro, é sempre o maior desafio”, finaliza Cury Filho.
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